quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Capitulo 2



Capitulo II















Meu celular tocou ao meu lado e eu me revirei na cama, me negando a abrir os olhos. Se de olhos fechados minha cabeça já estava doendo, imagina quando eu abrisse.

Mas o toque insistente de mensagem me fez esticar o braço e procurar pelo celular. O trouxe para perto assim que o encontrei e li o remetente. Não conhecia o número. Frustrado abri a mensagem xingando o filho da puta que estava me acordando.

"Muita ressaca? Haha. Espero que tenha feito as reservas. Tenho remédio pra dor de cabeça se quiser. Nos vemos no almoço. Xxx ", foi o que eu li e mesmo com a dor de cabeça absurda eu tive que rir. Ótimo senso de humor.

"Muita. Não esquece o remédio. Xxx T.", respondi deixando o celular de lado. Lembrei-me vagamente da noite anterior. Ela me desafiando a beber e depois preocupada quando eu decidi que bêbado ou muito bêbado não faria diferença alguma. Mas não lembro exatamente o que aconteceu e nem como eu tinha chego ao hotel.

O celular tocou de novo e eu gemi só de ouvir o toque.

"Oi Kels", falei atendendo.

"Finalmente Thomas. Esqueceu que tem namorada?", ela praticamente gritou do outro lado.

"Shiu, Kelsey. Estou com dor de cabeça". Resmunguei e ela riu sem humor nenhum.

"Ressaca, meu anjinho?", ela perguntou sarcástica. "Eu não ligo!", gritou e eu fechei os olhos. Caramba, ela não podia colaborar?

"Eu estava dormindo, Kels. Por isso não te liguei ou respondi. Desculpa.", eu falei tentando faze-la ao menos falar baixo.

"Não vou cair nessa Thomas" ela retrucou.

"São nove da manhã aqui Kels, o que mais eu poderia estar fazendo?", eu falei querendo por tudo desligar o telefone, mas sabia que teria problemas se o fizesse.

"Ah", ela falou, finalmente lembrando que existiam quatro horas de fuso horário. "Desculpa, eu só estava carente. Você mal falou comigo desde saiu daqui", ela falou manhosa e eu revirei os olhos.

"Eu sonhei com você todas as noites. E queria que estivesse aqui", menti. Qualquer coisa pra convencê-la a desligar o telefone.

"Awn, também te amo", ela falou.

"Te ligo mais tarde?", perguntei esperançoso e ela concordou. Me despedi e desliguei o telefone. Mais uma vez larguei o celular ao meu lado e fechei os olhos tampando o rosto com as mãos, apertando a testa na tentativa inútil de fazer a dor de cabeça passar. Estava quase dormindo novamente quando bateram na porta do quarto.

"Tom, levanta", ouvi a voz de Max do outro lado e resmunguei. Não iam mesmo me deixar dormir. Levantei da cama e fui até a porta.

"Que foi?", perguntei abrindo uma fresta da porta grande o suficiente pra luz entrar no quarto e fazer minha cabeça latejar. Fechei os olhos com força.

"Ressaca, uh?", Max brincou abrindo a porta e entrando no quarto enquanto eu ainda estava encostado na parede.

"O que mais poderia ser?", respondi sem pensar direito. Eu queria dormir.

"Vai tomar banho, e nos encontre lá embaixo. Vamos fazer uma entrevista em sei lá onde", ele falou e aí sim eu gemi. Entrevista com a dor de cabeça que eu estava não iria ser uma boa ideia.

"Tá", respondi apenas e entrei no banheiro deixando Max rindo dentro do quarto. Ri mesmo, filho duma puta.

Liguei a ducha e tirei a calça de moletom e a boxer que eu usava antes de entrar no boxe.

A água gelada bateu contra mim e eu por um momento quase desisti de tomar banho na água gelada, mas mudei de ideia assim que minha cabeça doeu um pouco mais forte. Nada melhor pra ressaca que banho gelado, remédio e água, muita água.

Meia hora depois eu já descia o elevador, encostado no espelho e de olhos fechados. Eu queria por tudo voltar pra cama, mas tinha que ir dar aquela maldita entrevista. Meu celular tocou de novo e eu peguei-o no bolso.

"Quer remédio? Tô aqui na porta. " Era .

"Quero, mas não posso sair. Vamos fazer alguma entrevista em algum programa de televisão", respondi. Max e Siva achavam loucura eu ter passado mesmo meu número pra ela, Jay e Nathan só falaram 'cuidado'. Eu entendia meus amigos, mas eu confiava naquela garota como não tinha confiado em ninguém antes. Talvez fosse pelo fato de que me identifiquei com ela, me vi nela. Não era apenas o gostar de beber que tínhamos em comum, e conversar com ela tinha sido fácil, a conversa tinha fluído sem que me esforçasse para isso. Eu não podia explicar, e nem tentaria, mas eu sabia que poderia chamá-la de amiga.

"Pede na recepção. Boa sorte. " Foi o que ela respondeu.

"Obrigado, vou precisar", escrevi e coloquei o celular no bolso.

O elevador parou e encontrei os meninos ali.

"Pede remédio na recepção pra mim", resmunguei pra qualquer um deles.

"De nada", Jay falou rindo enquanto jogava o remédio em cima de mim depois de voltar de lá.

"Vai se foder", falei mal-humorado. Eu não estava no mood pra brincadeira até essa dor de cabeça passar.





Já estávamos quase chegando ao estúdio do programa de televisão quando finalmente o remédio fez efeito. E isso me aliviou, porque eu consegui acabar com o mau humor antes da entrevista, a qual correu tudo bem. Estávamos dentro da vã a caminho do hotel já e eu estava quieto encostado no vidro observando a cidade. Queria ter tempo para conhecer os lugares.

"Queria poder conhecer a cidade", comentei e os meninos concordaram.

"Sim, eu vi umas fotos na internet. Tem uns lugares bem legais", Jay comentou por cima.

"Pena que vamos ficar tão pouco tempo", Max falou e eu concordei.

"Temos algo mais pra fazer hoje ou posso ir dormir?", perguntei levemente esperançoso.

"Temos que pagar a sua aposta de ontem", Siva falou e eu ri.

"Claro. Fora isso", falei. A parte mais divertida de tudo isso era que eu tinha apostado, mas eles tinham que pagar a aposta junto comigo. Amigos são pra isso, certo? Certo!

"Fora isso, eu vou pra piscina", Jay falou e Nathan falou que ia junto.

"Não vou ficar trancado no quarto com esse sol lindo", Max falou deixando claro que ia também.

Por fim eu e Siva concordamos em ir.

"Uma pergunta. Como eu cheguei ao meu quarto ontem à noite?", perguntei e eles riram.

"Eu e o Jay te carregamos", Max respondeu ainda rindo.

"E tiraram minha roupa", completei.

"E te impedimos de ligar pra Kelsey", Jay concluiu e eu parei de rir na hora. Como? Ligar pra Kelsey?

"Como assim?", perguntei agora sem nenhum vestígio de brincadeira.

"Ela te ligou lá no pub e não te deixamos atender, porque sabíamos que ela ia surtar. Daí quando chegou ao hotel você queria porque queria ligar pra ela. Quando dissemos que não, que ela iria brigar e gritar com você tudo o que você respondeu foi 'ótimo, assim eu termino logo com ela'", Max falou com cuidado. Que porra é essa?

"Vocês estão com algum problema ou coisa assim, Tom?", foi Siva quem perguntou.

"Não, tá tudo normal", respondi. E era verdade. Tínhamos as nossas discussões e coisas do tipo, mas isso era normal pra qualquer casal. E nós sempre fomos assim.

"Você está apaixonado por outra?", Nathan perguntou e eu olhei pra ele.

"É logico que não, tá louco?", falei um pouco mais ríspido do que pretendia.

"Então porque quer terminar com ela?", Max perguntou e eu balancei a cabeça.

"Eu não quero. Eu estava bêbado ontem, fora de mim." Falei e me justifiquei, mesmo sabendo que para eu ter falado aquilo era porque pelo menos uma partezinha de mim queria aquilo. Mas eu tinha certeza absoluta que amava Kelsey.





"Eu não quero comer", falou brigando com ao seu lado.

"Você não comeu nada, ", reclamou tentando por comida no prato da garota. A cena estava divertida, não fosse o fato de que realmente não comera.

"Comi salada", ela se defendeu.

"Mas não é o suficiente", eu falei me intrometendo na discussão das garotas.

"Eu não estou com fome", ela reclamou de novo empurrando o prato.

"Você vai passar mal se não comer mais nada", Jay resolveu se intrometer também.

"Ta todo mundo contra mim?", ela perguntou irritada. Eu, Jay, Max, Siva, Nathan e concordamos. "Ótimo!", ela resmungou colocando ela mesma comida no seu prato.

"E a ?", Jay perguntou e levantou o olhar.

"Tá saindo da escola daqui a pouco e tá vindo pra cá", respondeu.

"E eu tenho que ir", falou desanimada.

"Pra escola?", perguntei. Ela parecia já ter terminado a escola.

"Faculdade", resmungou. "Pra aula inútil de literatura inglesa, sem ofensas", ela falou, e eu ri.
Definitivamente literatura inglesa era mesmo chata.

"Estuda o que?", Siva perguntou interessado.

"Letras. Inglês/Português", ela respondeu enquanto comia.

"Melhor que cursinho, dude", falou ao seu lado, e ela concordou.

Moves Like Jagger começou a tocar e pegou o telefone e começou a falar em português, eu me virei pros meninos e percebi que não era o único boiando total, porque parecia interessada no assunto, fosse qual fosse que tratava no telefone, sei lá com quem. Quando ela desligou o celular começou a falar rápido com ao seu lado e a única coisa que consegui entender foram nossos nomes, e pelo visto não fora só eu, uma vez que os meninos também ficaram mais atentos.

"Nós ainda estamos aqui sabe?", falei chamando a atenção das duas que se entreolharam. Eu não gostava daquela troca de olhares. Da última vez que a vi eu perdi uma aposta por bobagem.

"Vocês têm algum compromisso hoje?", perguntou e Jay negou.

"Talvez vocês queiram conhecer um pouco da cidade..." falou deixando a frase no ar.

"Eu quero", fui o primeiro a concordar. Eu estava louco pra sair.

"Mas não podem", a voz de Kev soou atrás de nós.

"Porque não?", perguntei parecendo uma criança quando ouve não.

"Porque não", ele respondeu sem justificar.

"Só queremos conhecer a cidade, não seja chato", Jay reclamou.

"Nós vamos vir aqui mais vezes, fica pra próxima", Kev falou e eu revirei os olhos.

"E se a gente se separar? Ou nosso avião cair? Ou qualquer coisa trágica acontecer e a gente não voltar?", Nathan dramatizou e as meninas tentaram evitar a risada, mas elas tiveram tanto sucesso nisso quanto eu.

"Sem drama, Sykes. Eu não vou deixar vocês saírem sozinhos por ai com três garotas que mal conhecem", Kev finalizou.

"Vem com a gente então", falou chamando a atenção dele. "Eu sei por que você está com medo, e eu não te culpo”, ela falou. "Principalmente depois de ontem", ela completou baixo.

"Não", ele falou novamente e eu fechei de vez a cara. "Vocês não vão sair do hotel hoje e pronto", finalizou e saiu.

"Eu quero ir", falei assim que Kev estava longe o suficiente, e olhei para as garotas a minha frente.

"Eu não quero ir parar na cadeia por sequestrar meus ídolos, sabe", falou revirando os olhos enquanto terminava a Coca-Cola.

“Não é sequestro se sairmos por livre e espontânea vontade”, retruquei.

“Claro, e a polícia vai acreditar em mim ou no Kev?”, ela rebateu, e eu me dei por vencido. Ou nem tanto.

“Então prometa que saímos amanhã o dia todo. Eu estou determinado a conhecer pelo menos alguma coisa”, falei encarando as duas. Elas se entreolharam e deram de ombros.

“Fechado”, falou e eu sorri. Eu ia conhecer aquela cidade nem que eu precisasse fugir.

“Certo, mas o que vamos fazer aqui o dia inteiro?”, Nathan perguntou impaciente, deu uma risadinha debochada.

“Você esta hospedado em um dos melhores hotéis da cidade e não sabe o que fazer aqui? Sério, Nathan?”, ela perguntou e nós rimos disso.

“Achei que a gente tinha combinado de ir pra piscina”, comentei. E Nathan pareceu se lembrar da hora que combinamos isso na vã.

“Vocês acabaram de comer”, lembrou.

“É perigoso”, acrescentou.

“Não vamos agora”, Max as tranquilizou.

Dessa vez foi o celular de que começou a tocar alguma música, não reconheci qual.

“A tá na porta”, ela falou se levantando e provavelmente indo buscar a amiga. Enquanto isso digitava algo no celular para logo em seguida o encará-lo frustrada.

“Tá tudo bem?”, Max perguntou e percebi que ficamos todos a encarando.

“Não consegui liberação da faculdade pra hoje”, ela respondeu guardando o celular no bolso enquanto murmurávamos um ‘aaah’ conjunto.

Logo em seguida as meninas chegaram e se sentaram cada uma de um lado de .

“Sabe, pra quem surtou quando viu o Tom, você está calma demais”, Jay comentou se referindo a . Ela corou.

“Aaah...” Ela começou.

“Espera ela ficar sozinha com a gente”, falou e rimos.

” ela repreendeu a amiga.

“Awn, , ele foi tão fofo comigo, e...”, começou a imitá-la.

”, gritou interrompendo a garota e ficando ainda mais vermelha. Rimos alto dessa reação dela.

“Mas a voz do Tom é tão...”, imitou-a também e escondeu o rosto nas mãos, nos fazendo rir mais.

“E o que mais ela fala de mim?”, perguntei divertido e olhou para as amigas no mesmo segundo.

“Um dia você descobre”, respondeu rindo.
“Vou mesmo”, falei.


4 comentários:

  1. HAHAHAHA meu deus...Claudia...dá ficando cada vez melhor essa fic!!! To eu aqui rindo mto...HAHAHAH uaauuu....agora, cade o 3 cap? Preciso ler! Beijos!

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  2. Awwww amei. Posta o 3 logo, eu to curtindo dms sua fic :DD

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  3. Woooow To amando Clau!!

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