segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Capitulo 1



by @clauxx_













Capitulo 1







"Kelsey", eu a interrompi, mas ela fez que não ouviu e continuou discursando sobre porque eu deveria levá-la comigo ao Brasil. "Kelsey", tentei novamente.
"Sabe, vai ser bem divertido na realidade, a gente pode fazer tantas coisas".

"Kelsey", eu por fim gritei e ela parou de falar. "Eu não vou levar você. E eu estou atrasado", falei dando as costas a ela.

"Thomas Parker, volte aqui agora", ela falou com autoridade e eu suspirei.

"Por favor, Kels, a gente conversa depois?" pedi e ela me olhou inconformada. "Eu estou atrasado, os meninos vão me matar", me justifiquei.

"Porque tudo é mais importante que eu", ela reclamou e eu voltei a me aproximar.

"Olha pra mim, amor", pedi segurando o queixo dela. "À noite conversamos, saímos, fazemos tudo o que você quiser. Eu juro", falei e ela sorriu.

"Tudo bem", se rendeu por fim. Deixei um selinho em seus lábios e sai correndo. Eu já podia imaginar as broncas que levaria.

Cheguei em casa cansado e tudo que eu queria era cama, mas eu ainda tinha que lidar com Kelsey. Era um absurdo essa ideia dela de ir comigo ao Brasil. Qual é, iriamos ficar cinco dias no Brasil, o que ela pretendia fazer lá?

"Amor", falei assim que ela atendeu o celular "Te pego as oito?", perguntei antes que ela falasse algo.

"Claro", ela respondeu. "Aonde vamos?" Isso era algo que eu não tinha pensado.

"Aonde quer ir?" Respondi com outra pergunta e eu quase a pude ver sorrir.

"No L’Arpege", ela falou, "aquele Francês", completou e eu fiz uma careta. É claro que ela ia escolher algo do nível.

"Tudo bem. Te pego às oito", respondi e corri para o banheiro. A última coisa que eu queria era ter que por terno, mas Kelsey não me deixou escolha.





"Tom, vamos", ouvi a voz de Max gritando e me olhei no espelho uma última vez.

"Tô indo", respondi procurando a mala. "Onde está a mala?", gritei mais uma vez.

"No carro", foi Siva quem respondeu dessa vez. Respirei fundo e desci correndo e entrei no carro. Os quatro já esperavam por mim. Nathan e Jay discutiam quem jogaria o game-boy antes, Siva estava - provavelmente - no twitter e Max quieto na janela.

"Animados?", perguntei.

"Com medo", Jay respondeu e eu ri.

"Medo?", Siva brincou.

"Dizem que as brasileiras são loucas", ele se defendeu e eu ri mais ainda.





Acordei com Nathan me chacoalhando e olhei em volta.

"Vamos pousar, dude", ele falou e eu concordei endireitando o banco. O frio na barriga finalmente apareceu. Nós realmente estávamos no Brasil.

O pouso foi tranquilo e quando saímos eu me decepcionei levemente, admito que eu esperava fãs, mesmo que poucas, nos aguardando no aeroporto.

"Não surtem", foi a primeira coisa que ouvi da produtora, e foi também o primeiro passo pra eu ter um ataque de pânico, "mas vocês estão no aeroporto errado".

"Aeroporto errado?", perguntei contendo o pânico na minha voz, mas acho que falhei.

"Sim, houve alguns problemas e você não estão em São Paulo", ela falou e eu pude ver o desespero refletido na cara dos outros dois, "mas não se preocupem, uma vã vai vir buscar vocês". Só podia ser brincadeira né? Num país estranho, que fala uma língua estranha, com pessoas estranhas - que estão me dando medo de tanto olharem pra mim - e perdidos.





Chegamos ao hotel e eu admito que fui levemente negligente com as fãs e subi correndo pro quarto do hotel, eu estava cansado e queria dormir. Mal deitei e ouvi o celular tocar. Suspirei frustrado e sai à procura de onde o tinha largado, e logo o encontrei na mesa ao lado da porta.

"Oi?", era mais uma pergunta do que um modo de atender ao telefone, mas eu não me importava.
"Oi? Você atravessa o oceano, fica mais de doze horas sem dar noticias, entra no twitter pra falar que estão perdidos e tudo que fala é 'oi? '”. A voz de Kelsey era irritada.

"Hey amor, não vi que era você. Desculpa", falei deitando na cama e fechando os olhos.

"Está tão ocupado assim que não pode nem ver que sua namorada está te ligando?", perguntou brava e eu ri. O ciúme era notável na sua voz.

"Dormindo", respondi e a ouvi suspirar aliviada. Ela não estava preocupada com isso, estava? "Você não está com medo, certo?”, perguntei receoso, e ela riu sem humor.

"O que você acha Thomas?", ela perguntou. "É claro que sim", ela completou e dessa vez eu ri alto.

"Kels, eu te amo. Para de paranoia", eu falei com uma leve risada ainda.

"Então promete que não vai me trocar por nenhuma brasileira sem classe", ela fez manha e eu sorri.

"Claro, meu amor", respondi sorrindo.

Kelsey podia ser ciumenta, irritante e tantas outras coisas, mas eu gostava dela. Gostava mesmo.

"Então descansa meu pequenuxo. Amanhã a gente conversa, né?", ela falou e eu sorri. Ela e seus apelidinhos ridículos.

"Sim, amanhã a gente se fala". Ela desligou e eu me dei por vencido, desistindo de dormir.

Levantei da cama e fui até o banheiro, o sol entrando pela janela me deu uma ideia brilhante.

Tirei a camiseta que vestia e joguei na cama, peguei o primeiro shorts que vi na mala e o coloquei, largando os sapatos em qualquer lugar do quarto. Seria meu pelos próximos cinco dias, então eu poderia fazer a bagunça que quisesse, certo? Certo!

"Guys, tô indo pra piscina quem vem?", gritei saindo no corredor sem me importar que pudesse incomodar outro hóspede. Fuck off.

"Eu", Nathan falou saindo do quarto, ela usava uma camiseta branca, shorts amarelo e tênis branco.

"Tênis?", eu perguntei, e ele deu de ombros, "estamos indo pra piscina", continuei. Na realidade a única coisa que ele usava que realmente era clima de piscina era os óculos escuros, mas bom, era Nathan.

"Me deixa, Parker", ele resmungou.

Nenhum dos outros quis nos acompanhar, então descemos sozinhos mesmo. Mal pisamos no saguão e ouvimos a gritaria do lado de fora. Claro que aquilo era pelo Bieber, mas havia algumas garotas ali fora gritando por nós. Olhei para Nathan e acho que ele pensou o mesmo que eu. Afinal, porque não?

"Vamos?", perguntei e tudo que obtive dele foi um murmúrio em concordância.

Caminhamos até o pequeno grupo de garotas que estavam ali por nossa causa. Era surreal demais. Elas ali, do outro lado do oceano, demostrando tanta paixão por nós.

Passei uma por uma tirando fotos, dando autógrafos e brincando com elas. Elas eram divertidas, mas como o Jay haviam dito; elas eram loucas sim, e muito.

De todas elas uma delas me chamou atenção. A última. Ela estava quieta, sem gritar nem nada, no canto. As mãos cobrindo a boca e ela chorava em silencio. Seu olhar fixo em mim. Sorri de lado e fui até ela.

"Tudo bem?", perguntei e ela acenou com a cabeça afirmativamente, e começou a chorar mais ainda. "Tem certeza?", perguntei levemente preocupado. Tudo bem, eu já vira varias fãs chorando, mas ela chorava muito.

"S-si-sim" ela gaguejou e eu sorri. Ela respirou fundo e admito que a cena foi engraçada, mas eu tinha coração e não ri da menina. "Posso te abraçar?", ela perguntou baixinho e dessa vez eu ri.

"Claro que pode", falei puxando-a pra um abraço, e novamente ela começou a chorar. Dessa vez sem tentar esconder que chorava.





"Eu quero sair", foi a primeira coisa que eu falei assim que entrei na vã depois do show.

"Baladeiro", Max resmungou e eu dei a língua.

"É serio. Eu quero sair, e beber. Quem tá comigo?", perguntei deixando bem claro que com eles ou sem eles eu ia sair.

"Eu", Jay foi o primeiro a confirmar, olhei pra Siva que deu de ombros.

"Por mim...", Nathan continuou e por fim Max concordou. Agora só faltava decidir aonde ir.

"Vamos naquele irish pub de ontem", Steve se intrometeu.

"Onde tiver álcool eu tô dentro", falei.

"E sua fã numero um vai estar lá", ele brincou e eu o olhei confuso. Fã número um?

"O Nathan contou pra gente o estado de choque que a garota estava quando viu você, e ela foi aos dois shows, primeira fila". Max completou dando de ombros.

"E como você sabe que ela vai estar lá? Quero dizer, se tiver fãs lá eu tô fora", falei. Não me levem a mal, mas eu queria beber até cair, e fãs nessas horas nunca dá em boa coisa.

"Só vai ter umas duas ou três. Uma amiga dela comentou comigo hoje cedo." Ele falou, "além de que é só olhar para a cara delas pra saber que a maior parte é menor de idade. Não as deixariam entrar", completou e eu sorri torto.





Peguei o quarto copo de caipirinha da mão do barman e sai caminhando pelo pub tomando aos poucos. De verdade, porque não tínhamos isso na Inglaterra? Eu quero dizer, é bom pra caralho.

"Tom", ouvi alguém me chamar e me virei para as garotas, reconhecendo uma delas.

"Oi garotas", sorri de lado e elas sorriram de volta.

"A gente só queria saber se você não quer sentar. Sabe, você esta rodando o pub e ele nem é tão grande assim", uma delas falou e eu tive que rir disso.

"Claro, hm...", eu parei a frase. "Como é seu nome?", perguntei e admito que me achei ridículo fazendo aquilo.

", mas chama só de ", a morena que havia me chamado pra sentar com elas respondeu.

"Claro, ", falei. Pelo menos ela tinha um nome fácil. "E vocês?", perguntei querendo ser sociável. Certo, eu acho que essa bebida tem mais álcool do que parece.

"Essa é a ", ela falou apontando pra loira, "e essa a ", ela falou apontando pra garota que estava chorando aquele dia, ou como os meninos chamaram 'minha fã número um'.

"Prazer, Tom" eu falei e elas riram.

"A gente sabe", falou. Nota mental: parar de beber essa bebida brasileira.

"Hm, é", eu falei sem graça. Elas riram mais e eu as segui até a mesa.

"E os outros meninos?", perguntou.

"Não sei", respondi dando de ombros. "Você esta muito quieta", falei para e ela desviou o olhar.

"Ah... não é nada", ela falou baixo e eu ri.

"Já sei como resolver isso". Falei levantando a mão pro garçom, que não tardou a chegar.

"O que você vai fazer, Tom?", ela perguntou alarmada.

"Eu quero mais uma dessa", pedi a ignorando.

"Não", ela falou no mesmo minuto, mas o garçom a deu tanta atenção quanto eu, voltando logo depois e colocando o copo de caipirinha na nossa mesa.

"Toma", eu falei e ela olhou do copo pra mim.

"Não", ela repetiu sem muita convicção.

"E porque não?", perguntei empurrando o copo pra frente dela.

"Porque eu não quero", ela falou, mas seus olhos brilharam quando olhou para o copo. Essa era das minhas.

"Vamos logo , você sabe que quer tomar. Para de se fazer de santa", falou rindo e revirou os olhos pegando o copo e o virando de uma vez.

"Wow, wow, wow, vai com calma aí", eu falei segurando a mão dela. "Não quero ter que tomar conta de fã bêbada" brinquei, e ela me olhou.

"Aposto que você fica bêbado antes de mim", ela revidou e eu sorri torto. Ninguém ganha de mim.

"", o tom de voz usado por era de alerta, mas ela relaxou a expressão assim que a olhou. Essa garota estava tramando alguma coisa.

"Não vale roubar ", eu falei, enrolando no nome dela. Era difícil.

"Só , por favor, Parker", ela respondeu. "E eu não vou roubar. Só que vamos jogar de acordo com as minhas regras", ela completou, e eu admito que fiquei com medo de perder. Aquela bebida deles era mais forte do que parecia, e ela era nativa.

"Certo, mas se prepare para perder", eu retruquei.

"Se está tão confiante, vamos apostar", ela propôs e eu pensei um segundo.

"Se eu ganhar você paga a conta inteira", falei e ela riu.

"E se eu ganhar você me dá o número do seu telefone e vamos almoçar no hotel amanhã com vocês", ela respondeu. Sério que ela ia apostar isso? Qual é, a conta daquele pub ia ficar caríssima e ela não estava nem ligando.

"Fechado", concordei.

", pede a garrafa de Tequila e os shots. , vai encontrar os outros meninos. Quero testemunhas de que o poderoso Tom vai perder pra brasileira aqui", ela falou, e eu ri. As duas meninas riram também e saíram dali.

"Você acha que vai ganhar de mim na Tequila?", eu perguntei debochado e ela riu.

"Não", falou e eu arqueei a sobrancelha. "Eu tenho certeza", ela completou rindo.

"E o que te dá tanta certeza?", perguntei curioso. Era a primeira pessoa que 'me conhecia' e me desafiava a algo assim.

"O fato de eu te conhecer", ela respondeu, e pouco depois chegou com o garçom que trazia a garrafa de Tequila e os copos. Mais alguns minutos e voltou com os quatro meninos.

"Enfim desafiado", Jay brincou e eu sorri.

"Vou rir tanto se você perder, Parker", Nathan falou e eu dei o dedo.

"Já me viu perder alguma vez?", devolvi e ele deu de ombros.

"Pronto?", ela perguntou chamando minha atenção novamente. Quando voltei os olhos pra mesa já tinha quatro copos cheios.

"Achei que fossemos só nós dois", comentei.

"E somos", ela respondeu. "É pra agilizar e não quer que ficar esperando encherem", explicou.

"Certo. Quatro shots cada um e esperamos um tempo pra ver se faz efeito?", sugeri com medo que ela quisesse tomar a garrafa inteira.

"Como quiser", ela falou. " e Max ficam como 'juízes' pode ser?", ela sugeriu e eu concordei, dando de ombros.

"3...2...1...", e Max contaram juntos e eu virei o shot de uma vez vendo fazer o mesmo. Logo peguei o segundo e o virei de olhos fechados. Quando abri o terceiro já estava cheio e o virei rapidamente. Assim como fiz com o quarto. Assim que terminei olhei e ela sorria. Só então eu me liguei que ela já tinha ganhado a aposta antes mesmo de termos tomado qualquer coisa. Eu já tinha tomado quatro copos de caipirinha contra apenas um dela. Ela me enrolou certinho e eu caí na dela. Definitivamente, aquela era das minhas.

"Filha da puta", foi a primeira coisa que eu falei assim que percebi que ela tinha me enrolado.

"Seu telefone agora. E pode avisar no hotel que terão três acompanhantes amanhã", ela falou sorrindo.

"Não entendi", Max falou enquanto e riam de mim.

"Eu apostei com ela que se ela ganhasse eu passava meu telefone e almoçaríamos com elas amanhã", expliquei.

"Tá, mas como sabe que você perdeu?", Max perguntou ainda confuso.

"Porque eu já tinha bebido bastante antes e estava tonto quando encontrei com elas", falei. Eu estava lúcido demais, mas sabia que isso ia durar só até eu me levantar daquela cadeira.

"Eu cuido de você", falou sarcástica, tirando sarro de mim.

"É bom que cuide mesmo", falei fechando a cara. Sim, eu sou péssimo perdedor. Principalmente se perco aposta relacionada à bebida. Pior se for para uma garota sei lá eu quantos anos mais nova.


4 comentários:

  1. KKKKKKKKK AMEI ESSA TBM...meu deus Claudia...continuo aqui com esse sorriso enorme no rosto, cogitando ir até o armário e pegar uma tequila....amei, amei e amei...cade a continuação? quero ler...HAHAHAHA great job again babyy....

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  2. Eu odeio comentar em fics, hahaha mas a sua eu sou OBRIGADA a comentar. Perfeita demais hahaha. O começo me bateu um Flashback de mim conhecendo os meninos. Da forma que o Tom e o Nathan saíram lá fora... E pelo incrível que pareça... Eu tava chorando UIASHDUIASHUIHASD. Porra. To amando!

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  3. Hey, tu escreve muito! Antes eu era leitora fantasma, mas acho uma injustiça não comentar em uma fic tão boa, que me prendeu tanto... Sério mesmo. Continue escrevendo!

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