sábado, 31 de dezembro de 2011

Capitulo 5



Capitulo 5













Capitlo 5








"Kelsey", gritei, batendo na porta pela vigésima vez naquele dia. "Abre a porta", pedi de novo e ouvi um barulho de algo quebrando dentro do apartamento dela.

"Vai embora", ela gritou de volta e eu suspirei.

"Por favor, Kels, me escuta", praticamente supliquei, e ela por fim abriu a porta.

"Escutar o que? Que está cansado de mim? Escutei perfeitamente bem ontem", ela falou fria e eu engoli em seco.

"Não Kels", eu falei fraco. "Eu vim pedir desculpa. Eu sou um idiota, eu nunca deveria ter falado aquilo. Eu nem sei por que falei, na verdade", menti. Na realidade eu estava meio cansado das loucuras dela, mas eu não estava disposto a perdê-la sem tentar fazer nosso namoro dar certo uma última vez. "Eu bebi demais, eu estava irritado, a gente tinha acabado de brigar e acabei descontando em cima de você. Eu... eu te amo Kels", falei respirando fundo no final da frase. Parte de mim se sentia mal por estar fazendo aquilo, a parte que me fazia perguntar se eu realmente a amava mesmo ou se apenas não queria me dar por vencido e aceitar o que meus amigos vinham me dizendo nos últimos meses.

"Você acha que só um pedido de desculpa vai ser o suficiente depois de ontem?", ela perguntou sarcástica, e eu suspirei frustrado.

"Eu nunca fui um cara romântico, e eu não sei fazer isso Kelsey. Você foi a primeira mulher com quem eu realmente me importei, você precisa me ajudar a fazer as coisas direito", falei e ela desviou o olhar do meu.

"Só me prometa que nunca mais vai fazer isso de novo", ela pediu num tom de voz fraco. Segurei seu queixo e levantei sua cabeça até que ela me encarasse.

"Prometo", falei me aproximando dela e deixando um leve selinho em seus lábios.





Joguei o celular no chão sem me importar que eu pudesse quebrá-lo e sai do quarto batendo a porta. Eu estava irritado, inconformado e tudo o mais que eu tinha direito.

"Está tudo bem?", Siva perguntou receoso quando passei pela cozinha e ia em direção à porta.

"Não!", respondi seco pegando a jaqueta que estava em cima do sofá sem ver se era minha ou não. Eu queria beber.

"A última vez que você saiu pra beber depois de brigar com a Kelsey as coisas não deram muito certo", Jay comentou e eu suspirei.

"Porque não fica aqui e conversamos? Às vezes existem soluções melhor que o álcool", Max falou me segurando pelos ombros e me fazendo andar até a cozinha, eu não ofereci resistência alguma.

"Eu estou cansado de brigar", falei sentando e escondendo o rosto nas mãos. "Tudo é motivo de briga, de desconfiança", reclamei colocando aquilo pra fora por fim.

"Eu já falei isso, vocês tem que conversar", Max falou e Nathan concordou em silêncio.

"Não tem como conversar com ela. Todas as conversas ela transforma em briga, de um modo ou de outro", me defendi.

"Já parou pra analisar os motivos dela? Às vezes ela tem um pouco de razão", Nathan falou receoso e eu o encarei inconformado.

"Sério que você está defendendo ela, Nathan?", perguntei deixando a minha irritação transparecer.

"Não estou a defendendo, Tom. Só estou dizendo que ela tem seus motivos, e você deveria parar pra analisá-los um pouco", Nathan se justificou.

"Entendo porque eu encho a cara sempre que brigo com ela?", perguntei olhando para Jay. "Pelo menos o álcool é meu amigo de verdade", falei levantando.

"Tom, para de drama", Max falou me forçando a sentar de novo. "Você tem que concordar que às vezes é meio negligente com ela", ele me acusou e eu revirei os olhos.

"E claro que brigando comigo é um meio conseguir minha atenção", ironizei e eles reviraram os olhos.
"Ela se sente insegura", Siva explicou e eu bufei irritado.

"Eu me atraso pra ensaio, entrevista e o que for pra ouvi-la, eu corro atrás dela o tempo todo, e ela se sente insegura? Pelo amor de Deus, me diz outra garota por quem eu fiz um terço do que eu faço por ela", falei frustrado dessa vez.

"Você não quer mesmo a resposta pra essa pergunta, quer?", Siva perguntou depois de trocar um olhar com os meninos.

"Quero!", desafiei acreditando que eles não iam falar o que eu estava achando que eles iam falar.

"!", Max falou e eu o encarei boquiaberto. Eu não podia acreditar que eles iam mesmo usar ela contra mim. Levantei irritado, meus olhos ardendo de raiva, e sai de casa batendo a porta. Eu não podia acreditar que eles tinham mesmo falado aquilo, isso era jogar baixo. Muito baixo!





A claridade entrou no quarto me acordando e fazendo minha cabeça latejar. Só então percebi que estava em casa, na minha cama. A última coisa que me lembrava era de sair de casa muito irritado e beber tudo que existia de álcool no pub mais próximo da nossa casa. Como cheguei em casa era um mistério total para mim, e eu, com a dor de cabeça que estava, no fundo não me importava.

Me virei na cama de modo a ficar de costas para a janela e chegar menos luz em mim, e me deparei com um comprimido e um copo de água na mesa de cabeceira, assim como meu celular que eu tinha largado jogado no chão do quarto na noite anterior. Certamente algum dos meninos tinha ido me buscar e sabia que minha ressaca ia ser pesada, além de se importar o suficiente com o meu telefone pra não largá-lo no chão. Não pude evitar sorrir minimamente com isso, por mais mal-educado que eu tinha sido com eles ontem eles ainda assim tinham ido tomar conta de mim. Eu definitivamente tinha os melhores amigos do mundo.

Peguei o celular a fim de ver que horas eram, mas ao invés da foto de Kelsey no plano de fundo tinha uma mensagem aberta. Fechei os olhos com a claridade repentina sobre meus olhos e me forcei a ler o que estava escrito, não entendi nada além de Kelsey e . Só então olhei para o remetente da mensagem e gemi só de ver o nome de ali. Depois de seis meses ignorando todas as tentativas de comunicação dela algum dos meus amados amigos tinha que abrir a mensagem e pior, deixá-la aberta. Voltei os olhos para a mensagem e notei que ela estava toda em português, motivo pelo qual eu não tinha entendido nada. E isso significava que a mensagem não era para mim, e sim para alguma de suas amigas. Provavelmente já que era o outro nome ali. Abri o menu pronto para deletar a mensagem, mas parei antes de o fazer. Eu estava curioso pra saber o que ela estava falando, porque eu sabia que era de mim e de Kelsey.

Respirando fundo, copiei o conteúdo da mensagem e joguei no Google tradutor.

'PARA DE DEFENDER A KELSEY, ! Olha o que ela está fazendo com ele. É ridículo isso! Daqui a pouco ele vai ter que sair na rua de olhos vendados por conta desse ciúme ridículo dela. Sou suspeita pra falar, eu sei, mas ele merece alguém que acredite e confie nele. E sobre isso... Eu sei, eu fiz besteira, não deveria ter me deixado levar pelas palavras fofas deles e tudo o mais. Eu só queria que ele entendesse um pouco meu lado, e pelo menos lesse as mensagens de apoio que eu mando, mas sei que não lê. Enfim... Eu sou uma idiota, todos sabem, mas a Kelsey é dez vezes mais. ' Era o que estava escrito se você consertasse os erros gramaticais que o Google fazia. Parei por um momento para pensar no que fazer com tanta informação de uma vez.

Era a primeira vez que eu ouvia a opinião de alguém de fora sobre toda essa história com a Kelsey, mesmo que não pudesse ser levada totalmente a sério. E era a primeira vez também que eu sabia qualquer coisa que pensava sobre o incidente no parque, e me senti levemente culpado por ignorar todas suas mensagens achando que ela estava pedindo desculpas ou qualquer coisa do tipo, enquanto na realidade só queria me dar apoio. Suspirei.

'Número errado, ' digitei e apertei pra enviar, sorrindo ao ver o apelido escrito na tela do celular e tentando imaginar qual iria ser a reação dela ao ver não só uma mensagem minha como também uma tão íntima.

'Desculpa, era pra ' o celular apitou quase 10 minutos depois com a resposta dela e eu ri. Ela levara 10 minutos pra escrever só aquilo?

'Eu sei, eu li a mensagem, haha. 10 minutos só pra 4 palavras? WOW! ' escrevi e levantei da cama tomando enfim o remédio. Minha cabeça estava doendo demais e eu queria um bom banho e nada mais.

'VOCÊ LEU? ', foi a primeira coisa que eu vi na nova mensagem e ri disso. 'O que deu em você pra ser gentil e legal comigo depois de 6 meses me ignorando totalmente? ', foi a pergunta seguinte e eu podia ver a cara sarcástica dela, que tinha acabado de apitar novamente.

'Desculpa' foi tudo o que eu digitei.
'Não deveria, mas como a culpa é inteiramente minha, está desculpado. Você está bem com toda essa história... dela? ', era o que estava escrito e eu sorri fracamente.

'Na realidade não, mas depois conversamos sobre isso. Vou tomar banho, estou com saudades', escrevi e joguei o celular na cama mais uma vez e corri para o banheiro.

2 comentários:

  1. AHAHHA to começando a achar q o Thomas precisa ir visitar os AA ou lagar a Kelsey de vez, claro essa minha opnião é baseada na leitura da fic...HAHHAAHHA OU NÃO...hahahahaahah e Dona Claudia, cada capítulo o negocio fica mais emocionante, hein?? hahahahaah Amei.... s2

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  2. Esse "estou com saudades" hm..... ahahha

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