CAPITULO 11
'VOCÊ TÁ APAIXONADO PELA null?', eu a imaginei gritando onde quer que ela esteja agora e revirei os olhos.
'É, mas não fala nada pra ninguém. E muito menos pra ela', escrevi.
'Mas ela precisa saber', null escreveu.
'Por isso eu preciso da sua ajuda', falei.
'Como assim? '
'Eu não sei o que fazer. Não sei como contar, e eu tô com medo. E tem o Leonardo ', escrevi. Só depois de enviar que eu percebi que a mensagem não fazia muito sentido.
'Explique-se e eu te ajudo', pediu como eu já esperava.
'E se ela se afastar? Eu quero dizer, ela está com o Leonardo e eles estão felizes juntos, e do jeito que ela fala, ele é perfeito. Eu não tenho chances contra alguém como ele. E mesmo que eu tivesse, não saberia como falar isso para ela. Não vou mandar uma mensagem', escrevi tentando ser coerente.
'Acredite; você tem chance contra o Leo. Ah, Tom, tem que ser de um modo natural. Não sei. Tem que ser algo que você faria. Não adianta ficar inventando e bolando mil coisas, tem que ser você', ela escreveu e eu gemi.
'Eu não sei ser romântico', escrevi.
'Eu não disse para ser romântico, disse para ser você', ela respondeu.
'Ainda não sei como fazer isso', escrevi revoltado.
'Vamos bolar alguma coisa, relaxa. Podemos conversar depois? Estou trabalhando e não posso falar agora', ela falou.
'Tudo bem', respondi, largando o celular na cama.
O que, diabos, eu ia fazer?
.
.
Meu celular vibrou e eu peguei o celular achando que era a null com alguma ideia menos radical que ir ao Brasil, mas o número era desconhecido, embora fosse do Brasil porque começava com "+55". Confuso, abri a mensagem.
'Você pode até enganar a ela, mas eu não sou idiota. Eu sei que você gosta dela, então ou você entra para valer para conquista-la, ou você some. Porque a null já ficou mal o suficiente da primeira vez e eu não vou deixar ela passar por aquilo de novo por indecisões e criancices suas.' Eu li estupefato a mensagem. Que porra era aquela?
"Tom?" Um dos meninos perguntou, mas eu estava surpreso demais para sequer reconhecer a voz deles. "Tá tudo bem?" Perguntou e eu levantei os olhos encontrando Max na minha frente. Estiquei o braço entregando o celular para ele que lesse a mensagem. "Quem é?"
"Não tenho a mínima ideia" respondi, pegando o celular de volta.
'Quem é? ' escrevi e enviei a mensagem. Eu estava assustado e muito. Peguei o celular novamente e procurei o número de null.
'Você contou pra alguém?' enviei a mensagem. Seja lá quem fosse eu precisava saber como descobriu.
"Mensagem, Tom." Max falou me tirando dos meus pensamentos.
'Do jeito que ela fala de você, parecia mais inteligente --'' era a resposta. Comecei a buscar entre os amigos de null alguém que pudesse ficar tão bravo assim comigo e que pudesse de algum modo ter descoberto isso. Um nome me veio à cabeça e eu tremi só de pensar nisso.
'Leonardo?' escrevi e quando enviei, a mensagem de null chegou.
'Não falei pra ninguém. Te prometi. Por que?' ela escreveu e eu me desesperei. Se ela não tinha falado, como é que ele sabia? Porque agora eu já tinha quase certeza que era Leonardo.
'O próprio.' Ele respondeu e eu olhei pra Max desesperado.
"É o namorado dela", minha voz saiu num sussurro.
'Como você sabe?'
'Não importa.'
'Foi a null?'
'Não! E não importa. Apenas se decida se vai lutar por ela, porque eu não vou simplesmente deixá-la ir, ou se vai desistir e sumir de uma vez. ' Ele respondeu.
"O que eu faço?" Perguntei para Max. Mas na realidade estava perguntando a mim mesmo.
"O que você quer fazer?" Ele me perguntou e eu o encarei.
"Eu a quero", respondi depois de reler a mensagem pela décima vez.
"Então, não desista", Max falou e eu respirei fundo. "Você já sabe o que fazer?" Ele perguntou e me perguntei se minha expressão estava tão decidida assim.
"A null deu uma idéia, mas é meio radical", falei baixo. "Mas não tenho outra opção", completei e Max me encarou.
"Se for te fazer feliz, cara..." Ele deixou a frase no ar. Peguei o celular novamente digitando uma mensagem pra null.
.
.
"Eu acho isso loucura demais, mas espero que dê tudo certo", Jay falou depois que o voo para São Paulo foi anunciado novamente.
"Eu sei", falei nervoso.
"Relaxa cara", Max falou entregando o passaporte e o bilhete do avião para a mulher.
"Obrigado por ir comigo", falei pegando as minhas coisas.
"Só espero que eles não destruam a casa", falou.
"Pode deixar, eu tomo conta de tudo", Nareesha disse me fazendo rir.
"Obrigado a você também", falei e ela sorriu. "Quero dizer, obrigado pelo apoio de todos vocês." Eu estava sentimental demais.
"Certo, agora vão antes que vocês percam o voo", Nathan falou me empurrando.
"E não esqueçam de dar notícias", Siva falou e concordamos. Terminei de me despedir dos meus amigos e entrei na sala de embarque com Max ao meu lado.
"Relaxa cara", Max repetiu a frase de alguns minutos atrás. "Vai dar tudo certo", ele falou e eu sorri fraco para ele.
.
.
'Pousamos, estamos no aeroporto.' Digitei para null.
'Certo, estou levando-a para o parque', foi a resposta de null.
'Como é o nome do parque mesmo?', digitei para ela enquanto pedíamos um táxi.
'Mostra o celular para o taxista', foi o que eu consegui entender da mensagem porque o resto estava em português e eu deduzi que fosse a direção do parque. Assim que o taxista parou, mostrei o celular para ele e ele riu, inconformado. Mas nos fez sinal para entrar no carro.
Max se sentou na frente e eu no banco de trás.
"Se acalma", ele pediu e eu fechei os olhos encostando a cabeça no banco.
"Como se fosse fácil", respondi sentindo meu coração bater numa velocidade fora do normal.
"Você precisa estar calmo para falar com ela", ele falou e eu concordei.
Fui o caminho inteiro repassando a frase que eu tinha montado para falar para ela. Quando chegamos ao parque, Max arrancou dinheiro que ele tinha trocado no aeroporto e entregou para o motorista sem se importar se era a quantia certa, e pela expressão do cara era muito mais do que ele estava acostumado a receber.
"E se..." comecei, mas Max me segurou.
"Nada de 'e se'. Você vai até lá e vai contar pra ela. Não adianta ficar tentando adivinhar o futuro", ele falou e eu concordei. "Agora vamos."
Começamos a caminhar refazendo o caminho de quase um ano atrás, e era incrivel como ele estava fresco na minha memória. Como se tivesse acontecido ontem.
Quando chegamos lá, null e null estavam de costas para nós exatamente como tinha combinado com null e falavam em português de modo que eu nunca iria saber o que estavam conversando.
Caminhei silenciosamente até lá enquanto Max parava ao meu lado. null disfarçadamente olhou para trás e me viu de modo que ela deu um espaço entre ela e null, que foi o suficiente para fazer null virar para ela. Ainda assim ela não me viu, e eu agradeci mentalmente por isso. Me aproximei o suficiente para que ela soubesse que havia alguém ali, mas fui rápido e tampei os olhos dela.
"null", null falou esticando o braço e dando um tapa na amiga e depois perguntou algo em portugues ao qual eu não entendi.
"Ele não fala português, null". null falou em inglês e null ficou parada sem tentar mais fazer com que eu a soltasse.
"Quem é?" Ela perguntou dessa vez em inglês e eu sorri.
"Adivinha", respondi num sussurro, sabendo que ela ia descobrir, e aí sim ela arranjou forças para me fazer soltá-la e se virou para mim assustada.
"Tom?" Perguntou e eu parei com medo dessa reação dela.
"Eu vou estar ali com o Max", null falou se afastando e deixando nós dois sozinhos.
"Oi, null", falei meio sem graça.
"O que vocês estão fazendo aqui? E cadê o Jay, o Nathan e o Siva? Porque não me contou?" Ela soltou tudo rápido demais e eu ri. Ela estava ainda mais linda do que antes.
"Só eu e o Max viemos. E não contei porque era surpresa", expliquei.
"Mas a null sabia", ela acusou.
"Era surpresa pra você", me defendi e ela corou.
"Por que?" Perguntou e eu respirei fundo me aproximando.
"Lembra que há nove meses, exatamente nesse mesmo parque e em frente a essa lagoa, eu te disse que precisávamos nos arriscar?" Perguntei começando a tremer de medo.
"Sim, mas o que tem a ver isso?" Perguntou confusa e eu sorri de lado.
"É a minha vez de me arriscar", falei antes de puxá-la para perto e juntar meus lábios aos dela. Ela ficou sem reação primeiro e logo em seguida entreabriu os lábios me permitindo aprofundar o beijo. Era ainda melhor do que eu tinha imaginado que poderia ser, era perfeito. Com direito a borboletas no estômago, como diziam que acontecia. Pouco tempo depois cortamos o beijo, mas eu não a deixei se afastar, mantendo minha testa contra a dela e os olhos fechados. Eu estava com medo de abri-los e descobrir que era apenas mais um sonho.
"Tom...", a voz dela era baixa e tremida e fiquei com medo do que ela poderia dizer.
"Eu te amo"
AAWWWWWW TOM ME AMA...Q LINDO...HAHAHAAH brinks, ele ama vc, Clau....hahahahahahah então, como assim vc me para nessa parte? quer q eu morra de curiosidade? cade o resto? cade o cap 12? EU QUERO O CAP 12, TIPO AAAAGGGGOOOOORAAAAAA!!!!hahahah ahh tipo ele veio pro Brasil...e awww no Ibirapuera...e awww o Max....e awww q lindo...e awwww
ResponderExcluirVou ter q esperar quanto tempo para o proximo capitulo?????!!!!???!!!!
PFVR PERFEITO DEMAIS!! Serio Clau, tu ta me deixando mais apaixonada ainda pelo Tom.
ResponderExcluir