domingo, 29 de abril de 2012

Capitulo 17

Capitulo 17 N/A: eu sei, os capitulos estão meio curtos, mas é que agora vem um recado chato... a fic está realmente no fim. Eu tenho apenas 10 paginas no word sobrando, o que significa que está no fim. Dois ou três capítulo mais no máxiomo. Mas eu espero que vocês gostem e que tenha válido a pena. Mais uma vez, obrigada pelo apoio e paciencia :D
Capitulo 17



“Tom?” ouvi a voz de me chamar e revirei-me na cama. “Tom” tornou a chamar e eu suspirei, me dando por vencido. Virei-me na cama e olhei pra ela “bom dia” sussurrou sorrindo.
“Sério que você me acordou só pra isso?” falei rindo ao que ela deitou em meu peito.
“Não gosto de ficar acordada sozinha” resmungou e eu ri.
“Isso significa que vou ter que te dar remédio todas as noites pra dormir até tarde?” brinquei e ela riu.
“Não, eu só estou agitada. Sei lá” se defendeu.
“Agitada por que?” perguntei divertido.
“A menos de 24 horas eu era brasileira universitária que namorava a distancia com um britânico que por acaso é meu ídolo. Hoje eu estou formada, noiva do meu ídolo e me mudando pra Inglaterra.” Falou me encarando “Sério que você não sabe por que estou agitada?” perguntou revirando os olhos, e eu ri.
“Se acalma que nós ainda temos 13 horas de voo para chegar na Inglaterra” respondi e ela revirou os olhos mais uma vez.
“Sério, acha que é as 13 horas de voo que me assustam?” perguntou virando-se para mim e apoiando o queixo em meu peito.
“Você não tinha dito que estava assustada” reclamei ficando nervoso.
“Tem como não ficar?” retrucou.
“Eu estou com você?” soou mais como uma pergunta que uma afirmação e ela suspirou.
“E se...” começou, mas eu a cortei.
“Não importa o quão difícil seja, nós vamos fazer isso dar certo. Você sabe que sim” falei e ela respirou fundo.
“Certo, certo” concordou “Agora levanta” falou voltando a ficar animada e eu ri.
“Se tem algo que eu nunca vou me acostumar é essa sua capacidade de mudar de humor tão rápido” falei me deixando ser puxado para dentro do banheiro.


falava num português apresado, e apesar da sua expressão contente, eu podia sentir a magoa em sua voz. Mas eu acreditava ser o único a percebê-la, uma vez que todos os demais estavam presos demais ao seu sorriso contagiante e as suas palavras para perceber que parte dela sofria em estar indo embora.
Talvez por ser o único ali que não entedia o que ela falava conseguia prestar atenção nesse pequeno detalhe. E me senti levemente mal por isso. De algum modo eu a estava afastando da família e dos amigos.
Meia hora depois e já estávamos na sala de embarque. Ela com a cabeça encostada no meu peito, os olhos fechados e uma expressão serena no rosto. Provavelmente curtindo o silencio entre nós, mas esse mesmo silencio estava me sufocando.
” chamei baixinho e ela resmungou que estava ouvindo sem se mexer “esta tudo bem?” perguntei receoso.
“Porque não estaria?” perguntou ainda sem se mover.
“Não sei...” falei deixando a frase no ar.
“Esta tudo bem Tom, é serio” respondeu e eu suspirei.
“Não gosto do silencio” resmunguei
“Você nunca reclamou antes” falou se levantando para me olhar.
“Ele nunca incomodou antes” expliquei.
“O que esta te incomodando Thomas?” perguntou e eu suspirei.
“Eu sei que você esta animada com tudo isso, mas eu percebi uma ponta de tristeza na sua voz, e isso esta me matando” falei por fim e ela riu baixo.
“Tommy...” me chamou e eu a encarei “não vou negar que da um aperto no peito me despedir deles, mas perto da felicidade de tudo que esta acontecendo...” falou deixando a frase no ar, mas eu continuei em silencio “é inexplicável. É surreal isso tudo, e eu estou amando cada segundo” falou sorrindo e eu inevitavelmente sorri junto.
“Prometa-me que vai me dizer qualquer coisa” pedi e ela concordou. “Ainda não gosto de te afastar deles” resmunguei a trazendo para perto de novo.
“Você não esta me afastando deles amor, eles estão comigo onde eu estiver. Assim como você estava nos últimos seis meses” falou e eu sorri mais abertamente.


, acorda” chamei baixo chacoalhando-a e ela resmungou abrindo os olhos.
“Que foi?” perguntou com a voz rouca e ajeitando-se na poltrona do avião.
“Estamos chegando pequena” falei e a vi aproximar-se da janela no intuito de ver algo, porém ainda estávamos alto de mais, e obviamente tudo que ela encontrou foram nuvens. “se acalme, daqui a pouco você vai ver tudo” falei divertido.
“Não tem como me acalmar Tom” falou agitada virando para mim. Seus olhos brilhavam de ansiedade e animação.
“Não é pra tanto né ?” falei rindo de toda essa ansiedade “Claro que é pra tanto Thomas” retrucou inconformada e eu só ri mais ainda “é Londres” tentou mais uma vez me convencer, falhando “sonho com essa cidade desde que me entendo por gente Parker! É pra tanto escândalo sim” falou bufando revoltada e voltando a olhar pela janela.
“Bolton é melhor” falei abraçando-a pela cintura.
“Meu único interesse em Bolton não vive mais lá. Prefiro Londres” falou deixando-se ser abraçada por mim.
“Ainda vamos morar nós dois em Bolton” falei enquanto apoiava o queixo em seu ombro.
“Quem sabe daqui a muitos anos” resmungou deixando a cabeça contra meu peito e fechando os olhosn“Tem certeza que não estou sonhando?” perguntou num sussurro e eu ri fraco.
“Se estiver, não me acorde” respondi no mesmo tom que ela usou e a vi sorrir com isso.
“Poderiam, por gentileza, ajeitar o banco e prender o cinto? Estamos prestes a pousar” a voz da aeromoça chegou aos meus ouvidos despertando-nos de nosso momento. Afastei-me de enquanto voltada o banco do avião para a posição correta e a via fazer o mesmo, logo depois prendendo o cinto de segurança.
“Isso vai ser demais” ela falou e naquele momento eu podia jurar que tinha 15 anos e não 22. Seus olhos brilharam fortemente, o sorriso largo e alegre, tudo em seu corpo mostrava o quão feliz ela estava por tudo aquilo que estava acontecendo.
“Só porque você vai estar ao meu lado” respondi deixando um selinho em seus lábios.
Pouco tempo depois o avião pousou, descemos e pegamos nossas bagagens. Quando chegou na entrada, separamo-nos. Eu tinha quase certeza que ia precisar voltar para ajudá-la na entrega, ter que explicar a situação, e o fato de ela não ter visto para residência, uma vez que iria morar lá.
Porém contrariando todas as minhas expectativas, se virou muito bem sozinha, e encontramo-nos de novo no portão de saída. Sua expressão agora já não mais tão animada, e sim meio apreensiva pelo que nos aguardava do outro lado da porta.
“Acalme-se” sussurrei ao seu ouvido e ela sorriu para mim. Quando cruzamos o portão, como o esperado por todos nós, haviam repórteres ali de todos os jornais possíveis e fãs, muitas fãs.
travou lentamente, mas eu a puxei junto comigo. Logo mais a frente Max, Michelle, Siva, Nareesha, Jay e Nathan nos esperavam.
Vê-los ali nos esperando foi o que bastou para relaxar e voltar a sorrir com a mesma animação que estava antes, e se eu disser que ela saiu correndo para abraçar os meninos... Bom, eu não estarei mentindo.
Depois de todos os cumprimentos e boas vindas saímos em direção ao estacionamento do aeroporto, onde eles haviam deixado o carro que nos levaria a nossa nova casa. Eu havia deixado Michelle e Nareesha de encontrar alguma casa, num valor razoável, num local calmo e ainda assim não muito longe de onde eles viviam, para que eu pudesse morar com . E eu simplesmente sabia que as duas teriam encontrado o lugar perfeito.
“Bem vinda a Londres” falei baixo para que só escutasse assim que saímos do aeroporto e entramos na cidade. Ela desviou o olhar da janela e me encarou, seus olhos ainda brilhando e seu sorriso tão lindo quanto antes.
“Eu te amo” falou antes de juntar nossos lábios e eu sorri, aprofundando o beijo.

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