quarta-feira, 21 de março de 2012

Capitulo 15



Capitulo 15





N/A: Gostei de ficar dando recadinhos aqui, lol (:
Só quero agradecer vocês mesmo, haha. Vocês são uns amores e todo o apoio de vocês é algo meio surreal. Nunca tive tantas leitoras assim, então eu meio que estou anestesiada com a situação. Obrigada mesmo! Vocês não sabem o quanto isso é importante pra mim, e o quão longe vocês estão me levando.
Agora chega de ladainha e vão curtir o capitulo (: -até porque a fanfic está acabando... só tenho mais 17 páginas do Word e acaba ):-

Capitulo 15





"Eu senti falta desse seu sorriso", falei chamando a atenção de para mim, e ela sorriu mais ainda. Eu tinha passado os últimos dez minutos apenas a observando sorrir enquanto lia algo. "Mas admito que quando ele é causado por mim é muito mais bonito", completei a ouvindo rir e se aproximar de mim.

"Acredite, 90% deles são culpa sua, e já eram muito antes de você me conhecer", ela respondeu enquanto eu colocava meu braço por cima de seus ombros e a puxava para perto de mim.

"Bom saber", respondi aproximando nossos rostos, os deixando perto o suficiente para sentirmos a respiração um do outro, mas ainda assim longe demais para que eu me desse por satisfeito.

"Você tem ideia do quanto eu idealizei esse momento?", ela perguntou baixo fechando seus olhos. Olhei-a por alguns minutos, memorizando cada uma de suas feições. O quão serena e sexy ela ficava daquele jeito. Os olhos fechados, os lábios entreabertos, com um leve sorriso brincando neles, a respiração calma e a franja caindo parcialmente por seu rosto, quase como se pedisse que eu tirasse dali. E numa atitude inconsciente foi o que eu de fato fiz, levantando a mão e colocando seu cabelo para trás da orelha, como naqueles filmes. Clichê.

"Tanto quanto eu", respondi ainda num sussurro, me aproximando mais ainda e finalizando o espaço que havia entre nós enquanto fechava os olhos.

Pedi passagem para aprofundar o beijo e ela permitiu; nossas línguas se encontrando e iniciando uma dança calma que com o tempo foi se tornando mais e mais necessitada, conforme o beijo se tornava urgente e cheio de desejo. Esperamos tanto por isso que horas a fio juntos e se beijando não pareciam ser o suficiente. A eternidade não seria o suficiente, mas teríamos que nos contentar com o pouco que poderíamos ter. Retornando a um ritmo calmo, o beijo se quebrou naturalmente e permanecemos próximos por uns minutos ainda, ela com os olhos fechados e eu apenas a observando. Eu não cansaria jamais de fazer isso.

"Tom..." Ela chamou baixinho se afastando levemente e desviando o olhar.

"Sim?", respondi a puxando para encostar contra meu peito.

"Eu não quero que você vá embora", ela falou se deixando ser abraçada e apertando a minha mão contra a sua.

"Eu não vou embora", respondi e ela se virou bruscamente para mim me assustando.

"Mas e a banda?" Perguntou assustada e eu entendi que o 'ir embora' dela se referia voltar para Londres.

"Ué, você vai comigo para Londres", me expliquei e ela continuou me olhando assustada.

"Agora?" Perguntou e eu engoli em seco com medo de tudo aquilo.

"Porque? Você não quer ir?" Respondi com outra pergunta e ela desviou o olhar.

"Estou quase terminando a faculdade, Tom, não posso abandoná-la", se justificou se encolhendo, "faltam menos de 6 meses para eu me formar", tornou a falar e eu desviei o olhar. Claro, porque eu não tinha lembrado isso?

"Não estou falando isso", falei baixo levemente desapontado. Não com ela, mas comigo mesmo que acreditou que ela iria largar tudo.

"De-desculpa", ela gaguejou sentando no sofá, mais longe do que eu gostaria.

"Não é culpa sua. E eu não poderia te pedir algo assim, seria egoísmo", falei me aproximando dela.

"Mas... mas... mas como vamos..." Começou, mas eu a interrompi.

"Shh, , não vamos nos preocupar com isso. O amanhã ainda está longe, vamos viver o agora. Quando chegar a hora, nos preocupamos com isso", falei voltando a trazê-la para perto de mim e mantê-la ali. Senti-a relaxar entre meus braços e sorri aliviado.

"Eu te amo", falou baixinho recostando a cabeça contra meu peito.

"Eu também, minha pequena", respondi deixando um leve beijo no topo de sua cabeça.





Fechei a mala deixando-a silenciosamente no chão. Observei o quarto do hotel até que eles caíram na cama. ainda dormia tranquilamente e a última coisa que eu queria fazer era acordá-la, porém eu não podia ir embora e deixá-la sozinha, por mais que doesse ter que me despedir.

Caminhei lentamente até a cama e sentei-me ao seu lado e colocando a mão em seu rosto a chamei baixinho, ela apenas se movimentou.

", por favor", voltei a chamar e ela resmungou, "acorda, pequena", falei aproximando meu rosto do dela. "Vamos, ", falei de novo e a vi fazer uma careta dividida entre contrariada e divertida. Deixei um selinho em seus lábios.

"Eu quero dormir, Tommy", ela falou escondendo o rosto nas mãos.

"E eu quero ficar com você", falei destampando seu rosto, ela enfim abriu os olhos e me encarou.

"Você vai hoje?" Ela perguntou engolindo em seco, seus olhos transbordando tristeza, e eu tive raiva de mim por um momento.

"Eu tenho que ir", respondi desviando o olhar. Ela se sentou ainda se cobrindo com o lençol e eu peguei a camiseta que eu estava usando na noite anterior e estendi para ela que rapidamente a vestiu.

"Que horas?" Perguntou levantando da cama e caminhando até a bolsa para pegar sua escova de cabelo.

"Às 3 da tarde", respondi indo até ela e segurando sua mão antes que ela começasse a pentear o cabelo.

"Que foi?" Ela perguntou me encarando pelo espelho. Sorri.

"Você está linda assim", comentei abraçando-a e vendo-a corar. "Cabelo bagunçado, cara de sono e vestindo só a minha camiseta”, fechando os olhos, ela encostou a cabeça do meu ombro.

"Vou sentir saudades", sussurrou.

"Eu ainda estou aqui", falei a virando para mim. "Lembra? Viver o agora", falei tentando retardar ao máximo toda a melancolia da despedida.

"Sim, viver o agora", falou mais para si mesma do que para mim.

"O que vamos fazer até a 1 da tarde?" Perguntei encostando a testa na dela, e a vi sorrir fraco.

"O que você quiser", ela respondeu me roubando um selinho e eu sorri com isso.

Nós éramos dois bobos apaixonados e agíamos como tal. Minha mente só gritava uma coisa: clichê, clichê, clichê.

Mas na realidade, eu não me importava. Não me importava em ser um idiota, se o fosse ser ao lado dela.

E mais uma vez ali estava o clichê. Incrível como mesmo em uma história tão confusa e complicada como era a nossa o clichê se fazia presente.





"Que hora você tem que entrar?" Ela perguntou quebrando o silencio em que estávamos.

"Daqui a pouco", respondi e ela resmungou, eu ri baixinho.

"Não quero que você vá embora", ela respondeu virando a cabeça para me encarar e eu apenas a encarei de volta.

"Eu não quero te deixar aqui sozinha também", respondi juntando nossos lábios por um momento.

"Promete me ligar todo dia?" Ela perguntou numa voz dengosa e eu sorri do seu pequeno drama.

"Só se você prometer me escrever todas as noites antes de dormir e todas as manhãs ao acordar", respondi a fazendo sorrir.

"Como se eu já não fizesse isso sempre", ela respondeu revirando os olhos e voltando a encostar a cabeça em meu peito. "Porque a Inglaterra tem que ser tão longe?" Perguntou me fazendo rir.

"Porque se não, íamos enjoar um do outro", respondi brincando e ela virou pra mim rápido. Seu olhar antes brilhante de emoção agora carregado de puro medo.

"O que você quer dizer com isso?" Ela perguntou com a voz fina.

", foi só uma brincadeira", tentei me justificar, mas ela se afastou.

"Você enjoaria de mim?" Perguntou. Seu olhar passando de medroso para melancólico, e eu quis me bater naquele momento.

"Jamais, meu amor", falei levantando sua cabeça e a fazendo me olhar. "Era só uma brincadeira, pra descontrair", falei me aproximando dela.

"Jura?" Ela pediu baixo e com a voz fina. Eu sabia bem o porquê daquilo. "Jura que não vai me trocar por outra?" Perguntou fraquinho e eu senti meu peito apertar só de vê-la cogitando essa possibilidade.

"Eu posso não ter um histórico muito limpo, , mas eu jamais faria qualquer coisa que te magoasse", falei e parte de mim percebeu a mentira que eu estava falando. Eu já havia a magoado, e mais de uma vez.

A puxando para perto, abracei-a. Ela escondeu o rosto no meu pescoço e eu pude sentir as lágrimas molharem minha camiseta.

"Hey, pequena, não chora", falei tentando acalmá-la. ", olha pra mim", falei afastando-a e a fazendo me olhar. "Eu amo você, e só você. Não tem espaço pra mais ninguém", falei e ela começou a limpar as lágrimas que ainda insistiam em cair. "Esses seis meses vão passar rapidinho, e daqui a pouco você vai estar formada e vamos morar juntos", falei e ela riu fraco.

"Te amo", ela sussurrou voltando a esconder o rosto no meu pescoço.

"Eu também te amo, ", respondi a apertando contra mim. Ninguém seria capaz de imaginar o quanto aquela sensação me faria falta, tê-la em meus braços, sentir sua pele contra a minha, seus lábios contra os meus, ouvir sua risada, ou apenas o som da sua voz. Tudo nela faria falta nos próximos seis meses, mas eu precisava me manter forte na saudades. Por mim, e por ela.

sábado, 10 de março de 2012

Capitulo 14



capitulo 14











N/A: Sim, dessa vez vou fazer a N/A antes da atualização (:
Voltei antes do que todo mundo previa né? Mas é o seguinte, as aulas da Dani começaram, e ela não vai ter tempo de scriptar e betar a fic, e eu nem exigiria isso dela. Então quem o está fazendo sou eu. Qualquer erro gramatical, ou na scriptagem, etc que virem, me avisem. Meu twitter como vocês já sabem é @clauxx_, então qualquer coisa, avise lá.

E o último recado aqui é na verdade uma pergunta. tem uma leitora da fic que sempre comenta aqui, a howfeelit, e eu quero saber quem é, porque né? Eu sou curiosa e os comentários dela são lindos, só que eu não tenho a minima ideia de quem seja. Então, por favor, apareça, hahaha.

Enfim, vou calar a boca e deixá-las ler. Eu gosto muito desse capitulo, espero que vocês também, divirtam-se (:


Capitulo 14







Meu coração estava a mil e eu sentia que ele podia sair pela boca a qualquer segundo. Eu nunca tinha ficado tão nervoso assim. Parei na porta da sala e olhei pelo vidro. Todos estavam sentados cada qual em seu lugar trabalhando avidamente, no fundo da sala ela estava com a cabeça encostada na parede e os olhos fechados, um leve sorriso brincando em seus lábios.

"Vai dar tudo certo", sussurrou para mim e concordou chegando com a diretora da universidade. Não sei o que diabos tinha feito para convencer a diretora a me deixar interromper uma aula assim, mas algo me dizia que o nome da banda estava envolvido nisso. Não me importei no momento. A diretora olhou para mim e sorriu, forcei um sorriso de volta enquanto ela batia na porta e chamava o professor para vir até o lado de fora da sala.

"Ela está explicando o que você vai fazer", me disse assim que viu a minha expressão confusa pela discussão em português.

"Ela vai amar, fica tranquilo", tentou me tranquilizar e eu apenas concordei com a cabeça ao mesmo tempo que o professor olhava para mim e concordava com a cabeça.

"Então eu vou entrar, falar que temos um convidado, e você entra tocando. É isso?" Ele perguntou diretamente para mim e eu o olhei confuso, ele falava inglês.

"Você não achou que eu ia escolher uma aula qualquer, não é, Thomas?", perguntou revirando os olhos.

"É isso mesmo", falei me recuperando do choque de outra pessoa sem ser as meninas falando em inglês.

"Porque você não me avisou que tudo que eu falasse todo mundo ia entender?" Perguntei virando mais desesperado pra .

"Você esperava o que de um curso de Letras?" perguntou e só então me dei conta disso. Claro que todo mundo ia entender e falar inglês, esse era quase que o tema central do curso.

"Vai", falou enquanto me empurrava depois de ver o professor fazer sinal para mim, e eu me vi dentro da sala de aula. Não só os olhos de 40 alunos em cima de mim, mas um par em especial. Um olhar que eu não sabia decifrar.

"Erm... boa noite", falei coçando a nuca e ajeitando o violão. "Isso não é o que vocês esperavam, não vou dar palestra nenhuma, e não precisam sussurar se quiserem falar algo porque não entendo português", falei tentando quebrar o gelo e fazê-la sorrir, mas permanecia parada me encarando como se não acreditasse que era eu ali. "Eu só espero que agora você acredite em mim", falei antes de começar os primeiros acordes de Fight For This Love.



“Too much of anything can make you sick

Even the good can be a curse

Makes it hard to know which road to go down

Knowing too much can get you hurt.”



Comecei a cantar e a vi prender a respiração. Sua expressão indo de incrédula para surpresa.



“Is it better? Is it worse?

Are we sitting in reverse

It's just like we're going backwards.


I know where I want this to go

Driving fast but lets go slow

What I don't wanna do is crash nooo.”



Cantei mais um pedaço enquanto via seu olhar adquirir um brilho que eu não via há quase um ano.



“Just know you're not in this thing alone

There's always a place in me that you can call home

Whenever you feel like we're growing apart

Let's just go back, back, back, back, back to the start. Oooh”



Essa estrofe sempre me lembrava dela, porque se tinha algo que nós tínhamos e eu sabia que teríamos mesmo que fazer por muito tempo era voltar ao começo, ou nós com certeza cairíamos. Éramos orgulhosos e teimosos demais para seguir em frente sem precisar do passado.



“Anything that's worth having

Is sure enough worth fighting for

Quitting's out of the question

When it gets tough, gotta fight some more.


We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

If it's' worth having, it's worth fighting for”



Conforme cantava, eu me aproximava de sua carteira no fundo da sala, meu olhar sempre conectado no seu. Eu estava me deliciando com toda a situação, o modo como ela me olhava agora, como eu tinha sentido falta daquilo, como eu tinha sido cego por não ter enxergado isso antes.



“Now everyday ain't gon' be no picnic

Love aint a walk in the park

All you can do is make the best of it now

Can't be afraid of the dark.


We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

If it's' worth having, it's worth fighting for”



A vi sorrir depois da estrofe que falava sobre piquenique e parque, muito provavelmente lembrando o nosso próprio piquenique, e apenas de ver o seu sorriso, eu sorri junto.



“And I don't know where I'm heading

I'm willing and ready to go.

We've been driving so fast

We just need to slow down

And just ro-o-o-o-o-oll.


Anything that's worth having

Is sure enough worth fighting for

Quitting's out of the question

When it gets tough, gotta fight some more.”



Cantei agora chegando a sua mesa, uma vez que eu tinha andado em passos mais do que lentos propositalmente, e me sentei na borda dela, ainda com nossos olhares conectados. Sorri só por estar perto assim de novo.



“We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

We gotta fight, fight, fight, fight, fight for this love

If it's worth having, it's worth fighting for”



Finalizei a vendo me acompanhar baixinho e assim que terminei a música segurei uma de suas mãos, ainda sorrindo e ainda a olhando nos olhos.

"Eu te amo, eu sempre te amei, só estava me recusando a admitir que eu tivesse caído nos encantos da brasileira que me venceu numa aposta de bebidas", falei e ela riu baixo, mas continuou em silêncio.

"Eu também te amo, seu idiota", ela falou antes de levantar o corpo o suficiente para unir seus lábios aos meus, coloquei a mão em sua nuca a trazendo para perto enquanto pedia permissão para aprofundar o beijo, permissão que ela nem tentou negar.

domingo, 4 de março de 2012

Capitulo 13



Capitulo 13












CAPITULO 13







O show tinha me reanimado. Não havia injeção de ânimo melhor do que subir em um palco e ver milhares de pessoas acompanhando as nossas músicas. Qualquer pessoa que se mantivesse triste depois disso era louca.

"Está pronto?" Kevin perguntou da porta do camarim.

"Pra que?", perguntei levantando o olhar da revista.

"THOMAS", ele gritou e eu me assustei.

"Vai se arrumar agora! Vocês têm uma entrevista e já estão atrasados", ele falou e eu me levantei a contra gosto. Mania desse povo em fazer entrevista depois dos shows, eu queria descansar depois de ficar duas horas pulando em cima de um palco.

Fui até a mala que nos fazem arrastar pra tudo quanto é lado cheio com troca de roupas para caso sujássemos a que estava no corpo e peguei uma qualquer, a colocando no corpo.

"Pronto, senhor irritadinho", falei pegando meu celular e arrumando o cabelo antes de sair do camarim. "E os meninos?", perguntei só então notando a falta deles.

"Na van, te esperando", ele falou fechando a porta atrás de mim.

"Vocês são muito neuróticos com tempo. Que mal faz atrasar um pouquinho? Não é como se fossem horas de atraso, apenas alguns minutos. Ninguém vai nos matar por isso", falei entrando na vam.

"Mesmo assim Tom..." Max começou, mas eu fiz sinal pra ele parar.

"Sério? Sermão é a ultima coisa que eu preciso. Estou animado e quero continuar assim. Nem inventa", falei, o cortando.

"Tá mais pra mal-humorado que animado", Jay cutucou.

"Vão mesmo pegar no meu pé?", perguntei revirando os olhos e mais uma vez checando o celular. Eu ainda não tinha conseguido largar o hábito de olha-lo a cada cinco minutos, e duas horas de show foram uma tortura sem me certificar de que não havia nada lá.

"Esse seu tique está irritando", Nathan comentou tirando meu celular.

"Eu sei", respondi dando de ombros e nem tentando pegá-lo de volta. Quanto mais tempo longe dele, melhor seria.

"Chegaremos em 5 minutos", o motorista avisou e eu comecei a preparar um discurso e buscar respostas pras prováveis perguntas.

"Essa entrevista vai ser demais", comentei voltando a me animar e ignorando que eles estavam ainda atrás de mim o tempo todo pelas minhas novas manias, como a do celular.





"E para encerrar esse bloco e deixar os meninos irem ao banheiro", brincou a apresentadora sobre o fato de termos tomado pelo menos cinco garrafas de água em menos de 10 minutos. "Uma ultima pergunta. Essa é só para um de vocês", ela falou e nos entreolhamos.

"O único com experiências de sexo ao ar livre aqui é o Nathan", brinquei só pelo prazer de ver a apresentadora e a plateia rirem e o Nathan sem graça.

"Obrigado pela informação, Tom, mas é para você a pergunta. E não tem nada a ver com sexo", ela falou. "Ou talvez tenha, você que vai nos dizer", ela completou e eu parei de rir e sorrir na hora. Apenas aos meus ouvidos aquilo não soou como boa coisa.

"Manda bala", falei tentando passar uma descontração que eu não tinha no momento, e pelo visto meus colegas de banda também tinham previsto algo de ruim no ar.

"Saíram algumas fotos de você semana passada no aeroporto embarcando. E depois apenas hoje desembarcando. Mas em nenhuma delas dizia seu destino ou de onde vinha", ela começou e eu quase gemi em frustração. Só podia ser brincadeira. "Estamos todas nos perguntando... onde você e Max estiveram, e por quê?" Ela perguntou e pelo visto minha expressão transmitia toda a minha frustração porque ela me encarava curiosa.

"Ele foi resolver algumas coisas pessoas, e eu fui acompanhá-lo", Max falou tentando me livrar da situação.

"Surgiram os mais variados boatos", ela comentou como não quer nada, mas claramente tentando extrair alguma informação.

"Como o que, por exemplo?" Perguntei interessado. Era bom saber o que estavam falando sobre mim.

"Dois mais importantes. O primeiro que tinha a ver com sua 'depressão' depois do término com a Kelsey. E a segunda é de que tinha uma outra garota envolvida", ela falou e eu a encarei surpreso. Certo, as duas de algum modo estavam certas. Eu só queria saber como, por Deus, descobriram aquilo.

"Já falamos, motivos pessoais", Nathan saiu em minha defesa vendo que eu fiquei meio sem reação.

"Na hora certa ele vai explicar tudo", Jay falou.

"Exatamente, não tem porque ficar pressionando ele pra falar agora", Siva completou e eu quase abracei os quatro ali mesmo por estarem tentando me livrar da situação.

"Isso significa que sim, tem relação com o pós termino, ou que sim, tem outra garota na jogada?" A entrevistadora tornou a perguntar ignorando o que os meninos disseram e eu vi Nathan revirar os olhos.

"Já não..." Max começou, mas eu o cortei.

"Pode deixar, Max", falei o cortando e ele me olhou confuso. Eu tinha tido a ideia mais brilhante que eu jamais iria ter. "Para que ficar escondendo isso?" Perguntei olhando para ele.

"Tom..." ele me alertou, mas eu dei de ombros.

"Pode deixar, eu sei o que estou fazendo", falei e voltei a olhar para a apresentadora que tinha os olhos quase brilhando de animação por ter a notícia revelada em seu programa. Aquilo provavelmente renderia muito para o canal e ela ganharia um bom aumento. "Vamos começar pela parte da Kelsey. Fui eu quem terminou o namoro, e não ela. E nós terminamos como amigos, apesar dos meses turbulentos de brigas. Chegamos a um acordo, e percebemos que já não sentíamos mais a mesma coisa, e tudo não passava de amizade", falei.

"Mas porque parecia tão chateado depois do fim do namoro?" Questionou a mulher e eu respirei fundo.

"Porque sim, existe uma outra garota nessa história toda. E foi por isso que eu viajei essa semana", falei e o silêncio foi quase total por alguns minutos.

"E porque não voltou de viagem com essa garota junto?" Perguntou interessada e eu revirei os olhos. Eu já tinha colocado o assunto na roda, não? Agora teria que contar toda a história.

"Porque nove meses atrás, eu fui um idiota e não enxerguei o que estava na minha frente", falei lembrando mais uma vez do selinho no parque. "Cometi erros que eu preciso reparar antes de seguir em frente", continuei. "Resumindo uma longa história, eu dei motivos mais do que o suficientes para ela não acreditar nos meus sentimentos", falei respirando fundo e olhando para a câmera. "Eu já estou ficando sem opções sobre o que fazer para que acredite que eu te amo, , essa é uma das minhas últimas tentativas", falei ouvindo o estúdio cair em silencio assim que pronunciei seu nome, os meus colegas de banda estavam inquietos. "E se admitir isso em rede nacional -e muito provavelmente internacional- não for o suficiente para te fazer acreditar que não é um jogo, eu não sei o que vai ser", falei por fim desviando o olhar da câmera e encarando o chão. Eu não tinha percebido o quanto eu estava ofegante e muito menos o quão disparado meu coração estava.

"Tom?", era a voz de Max, num sussurro alto o suficiente para que só eu compreendesse. "Você está bem, dude?", ele perguntou. Assenti com a cabeça e respirando fundo voltei a encarar a entrevistadora que estava meio em choque.

"Depois disso se ela não vier correndo atrás de você, ela é uma idiota", a mulher falou e eu ri baixo.

"Às vezes eu tenho as minhas dúvidas quanto a isso. Ela normalmente é a exceção para as regras de como as mulheres funcionam", comentei divertido me lembrando de que, de fato, não era uma garota como todas as outras. Enquanto as outras eu conquistaria com uma joia, com a eu precisaria de video-game e bebida.

"Por mais imunes às regras que as mulheres sejam, algo assim é meio que impossível de ignorar", ela falou e eu balancei a cabeça meio que concordando. "E vai nos dizer de onde é essa misteriosa garota... , não?", ela perguntou e eu ri.

"Façam o que sabem fazer de melhor e descubram por conta própria. Já fiz demais dando o nome dela", falei deixando bem claro que o assunto encerrava ali. A mulher se virou para a câmera.

"E esses foram os meninos do The Wanted. Depois de uma notícia bombástica como essa, vamos dar um tempo para que vocês entendam tudo e voltaremos com..."

.

.

Meu celular tocou no bolso de Nathan e ele o tirou de lá olhando quem chamava.

"Quem é?", perguntei sem me mover para pegar o celular, ele só sorriu e jogou na minha direção o telefone. O peguei e encarei o nome ali escrito. Sinceramente eu não sabia se era boa coisa ou não.

"Alô", falei fazendo como se não soubesse quem estava no telefone.

"VOCÊ É LOUCO?", a voz de soou desesperada do outro lado do telefone.

"Se eu responder 'por você' vai ficar muito cantada de pedreiro?", perguntei divertido. Pelo menos ela não parecia a ponto de me matar.

"Vai", respondeu. "Porque você fez isso?", perguntou ainda desesperada.

"Porque eu já estou ficando sem opções de como te conquistar", respondi jogando a cabeça para trás e encostando no sofá.

"Mas... mas..." ela tentou argumentar, mas suspirou frustrada ao ver que não tinha nada para dizer. Ri fraco antes de voltar a ficar sério.

", tudo que eu disse ali é verdade", falei a ouvindo suspirar do outro lado.

"E como eu posso ter certeza disso?", ela perguntou tentando manter a parede de gelo ainda em pé.

"Me dê uma chance de te provar", pedi e ela ficou em silêncio.

"Tom..." ela começou baixo, mas não terminou a frase.

"Eu te amo", falei aproveitando o momento de fragilidade dela e a ouvi suspirar do outro lado do telefone.

"Espero não me arrepender disso, Thomas", ela falou e eu sorri enormemente.

"Não vai", falei voltando a sentar direito no sofá.

"Não ache que só porque eu estou te dando uma chance significa que as coisas vão acontecer de verdade. Você ainda vai ter que me provar que esta falando sério", ela falou antes de desligar o telefone me deixando sozinho.

Sorri para meus colegas de banda que pareciam tão animados quanto eu.

"E...?" Siva perguntou.

"Ela disse que vai me dar uma chance", falei e eles comemoraram. "Eu só preciso provar que estou falando sério", completei ainda contente.

"Isso", Nathan falou inconformado apontando para o estúdio, "já não foi o suficiente?", perguntou e eu ri.

"Você a conhece, Nathan", falei relaxando.

"E você já sabe o que vai fazer?", Jay perguntou curioso.

"Uhum", concordei com a cabeça. "Mas dessa vez eu vou sozinho", completei.

"Tom..." Max alertou.

"Relaxa Max, eu sei o que estou fazendo, e sei que vai dar certo."









N/A: Então, eu sei que demorei horrores pra atualizar e eu peço mil desculpas por isso, mas eu tenho uma justificativa: Mandei Falling For You como original para a Novos Séculos. Estou aguardando contato deles, vamos ver no que dá né?
Motivo numero dois é que eu estou agora postando TUDO o que eu tenho aqui. Não sei se a Dani scriptou/betou o resto porque faz alguns dias que não consigo falar com ela, mas tentarei postar o mais rápido possivel.
Espero que estejam gostando! Comentem aqui, ou no meu twitter (@clauxx_ pra quem não sabe). Beijos mil e desculpa pela demora (: