segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Capitulo 11



capitulo 11












CAPITULO 11



'VOCÊ TÁ APAIXONADO PELA ?', eu a imaginei gritando onde quer que ela esteja agora e revirei os olhos.

'É, mas não fala nada pra ninguém. E muito menos pra ela', escrevi.

'Mas ela precisa saber', escreveu.

'Por isso eu preciso da sua ajuda', falei.

'Como assim? '

'Eu não sei o que fazer. Não sei como contar, e eu tô com medo. E tem o Leonardo ', escrevi. Só depois de enviar que eu percebi que a mensagem não fazia muito sentido.

'Explique-se e eu te ajudo', pediu como eu já esperava.

'E se ela se afastar? Eu quero dizer, ela está com o Leonardo e eles estão felizes juntos, e do jeito que ela fala, ele é perfeito. Eu não tenho chances contra alguém como ele. E mesmo que eu tivesse, não saberia como falar isso para ela. Não vou mandar uma mensagem', escrevi tentando ser coerente.

'Acredite; você tem chance contra o Leo. Ah, Tom, tem que ser de um modo natural. Não sei. Tem que ser algo que você faria. Não adianta ficar inventando e bolando mil coisas, tem que ser você', ela escreveu e eu gemi.

'Eu não sei ser romântico', escrevi.

'Eu não disse para ser romântico, disse para ser você', ela respondeu.

'Ainda não sei como fazer isso', escrevi revoltado.

'Vamos bolar alguma coisa, relaxa. Podemos conversar depois? Estou trabalhando e não posso falar agora', ela falou.

'Tudo bem', respondi, largando o celular na cama.

O que, diabos, eu ia fazer?

.

.

Meu celular vibrou e eu peguei o celular achando que era a com alguma ideia menos radical que ir ao Brasil, mas o número era desconhecido, embora fosse do Brasil porque começava com "+55". Confuso, abri a mensagem.

'Você pode até enganar a ela, mas eu não sou idiota. Eu sei que você gosta dela, então ou você entra para valer para conquista-la, ou você some. Porque a já ficou mal o suficiente da primeira vez e eu não vou deixar ela passar por aquilo de novo por indecisões e criancices suas.' Eu li estupefato a mensagem. Que porra era aquela?

"Tom?" Um dos meninos perguntou, mas eu estava surpreso demais para sequer reconhecer a voz deles. "Tá tudo bem?" Perguntou e eu levantei os olhos encontrando Max na minha frente. Estiquei o braço entregando o celular para ele que lesse a mensagem. "Quem é?"

"Não tenho a mínima ideia" respondi, pegando o celular de volta.

'Quem é? ' escrevi e enviei a mensagem. Eu estava assustado e muito. Peguei o celular novamente e procurei o número de .

'Você contou pra alguém?' enviei a mensagem. Seja lá quem fosse eu precisava saber como descobriu.

"Mensagem, Tom." Max falou me tirando dos meus pensamentos.

'Do jeito que ela fala de você, parecia mais inteligente --'' era a resposta. Comecei a buscar entre os amigos de alguém que pudesse ficar tão bravo assim comigo e que pudesse de algum modo ter descoberto isso. Um nome me veio à cabeça e eu tremi só de pensar nisso.

'Leonardo?' escrevi e quando enviei, a mensagem de chegou.

'Não falei pra ninguém. Te prometi. Por que?' ela escreveu e eu me desesperei. Se ela não tinha falado, como é que ele sabia? Porque agora eu já tinha quase certeza que era Leonardo.

'O próprio.' Ele respondeu e eu olhei pra Max desesperado.

"É o namorado dela", minha voz saiu num sussurro.

'Como você sabe?'

'Não importa.'

'Foi a ?'

'Não! E não importa. Apenas se decida se vai lutar por ela, porque eu não vou simplesmente deixá-la ir, ou se vai desistir e sumir de uma vez. ' Ele respondeu.

"O que eu faço?" Perguntei para Max. Mas na realidade estava perguntando a mim mesmo.

"O que você quer fazer?" Ele me perguntou e eu o encarei.

"Eu a quero", respondi depois de reler a mensagem pela décima vez.

"Então, não desista", Max falou e eu respirei fundo. "Você já sabe o que fazer?" Ele perguntou e me perguntei se minha expressão estava tão decidida assim.

"A deu uma idéia, mas é meio radical", falei baixo. "Mas não tenho outra opção", completei e Max me encarou.

"Se for te fazer feliz, cara..." Ele deixou a frase no ar. Peguei o celular novamente digitando uma mensagem pra .

.

.

"Eu acho isso loucura demais, mas espero que dê tudo certo", Jay falou depois que o voo para São Paulo foi anunciado novamente.

"Eu sei", falei nervoso.

"Relaxa cara", Max falou entregando o passaporte e o bilhete do avião para a mulher.

"Obrigado por ir comigo", falei pegando as minhas coisas.

"Só espero que eles não destruam a casa", falou.

"Pode deixar, eu tomo conta de tudo", Nareesha disse me fazendo rir.

"Obrigado a você também", falei e ela sorriu. "Quero dizer, obrigado pelo apoio de todos vocês." Eu estava sentimental demais.

"Certo, agora vão antes que vocês percam o voo", Nathan falou me empurrando.

"E não esqueçam de dar notícias", Siva falou e concordamos. Terminei de me despedir dos meus amigos e entrei na sala de embarque com Max ao meu lado.

"Relaxa cara", Max repetiu a frase de alguns minutos atrás. "Vai dar tudo certo", ele falou e eu sorri fraco para ele.

.

.

'Pousamos, estamos no aeroporto.' Digitei para .

'Certo, estou levando-a para o parque', foi a resposta de .

'Como é o nome do parque mesmo?', digitei para ela enquanto pedíamos um táxi.

'Mostra o celular para o taxista', foi o que eu consegui entender da mensagem porque o resto estava em português e eu deduzi que fosse a direção do parque. Assim que o taxista parou, mostrei o celular para ele e ele riu, inconformado. Mas nos fez sinal para entrar no carro.

Max se sentou na frente e eu no banco de trás.

"Se acalma", ele pediu e eu fechei os olhos encostando a cabeça no banco.

"Como se fosse fácil", respondi sentindo meu coração bater numa velocidade fora do normal.

"Você precisa estar calmo para falar com ela", ele falou e eu concordei.

Fui o caminho inteiro repassando a frase que eu tinha montado para falar para ela. Quando chegamos ao parque, Max arrancou dinheiro que ele tinha trocado no aeroporto e entregou para o motorista sem se importar se era a quantia certa, e pela expressão do cara era muito mais do que ele estava acostumado a receber.

"E se..." comecei, mas Max me segurou.

"Nada de 'e se'. Você vai até lá e vai contar pra ela. Não adianta ficar tentando adivinhar o futuro", ele falou e eu concordei. "Agora vamos."

Começamos a caminhar refazendo o caminho de quase um ano atrás, e era incrivel como ele estava fresco na minha memória. Como se tivesse acontecido ontem.

Quando chegamos lá, e estavam de costas para nós exatamente como tinha combinado com e falavam em português de modo que eu nunca iria saber o que estavam conversando.

Caminhei silenciosamente até lá enquanto Max parava ao meu lado. disfarçadamente olhou para trás e me viu de modo que ela deu um espaço entre ela e , que foi o suficiente para fazer virar para ela. Ainda assim ela não me viu, e eu agradeci mentalmente por isso. Me aproximei o suficiente para que ela soubesse que havia alguém ali, mas fui rápido e tampei os olhos dela.

"", falou esticando o braço e dando um tapa na amiga e depois perguntou algo em portugues ao qual eu não entendi.

"Ele não fala português, ". falou em inglês e ficou parada sem tentar mais fazer com que eu a soltasse.

"Quem é?" Ela perguntou dessa vez em inglês e eu sorri.

"Adivinha", respondi num sussurro, sabendo que ela ia descobrir, e aí sim ela arranjou forças para me fazer soltá-la e se virou para mim assustada.

"Tom?" Perguntou e eu parei com medo dessa reação dela.

"Eu vou estar ali com o Max", falou se afastando e deixando nós dois sozinhos.

"Oi, ", falei meio sem graça.

"O que vocês estão fazendo aqui? E cadê o Jay, o Nathan e o Siva? Porque não me contou?" Ela soltou tudo rápido demais e eu ri. Ela estava ainda mais linda do que antes.

"Só eu e o Max viemos. E não contei porque era surpresa", expliquei.

"Mas a sabia", ela acusou.

"Era surpresa pra você", me defendi e ela corou.

"Por que?" Perguntou e eu respirei fundo me aproximando.

"Lembra que há nove meses, exatamente nesse mesmo parque e em frente a essa lagoa, eu te disse que precisávamos nos arriscar?" Perguntei começando a tremer de medo.

"Sim, mas o que tem a ver isso?" Perguntou confusa e eu sorri de lado.

"É a minha vez de me arriscar", falei antes de puxá-la para perto e juntar meus lábios aos dela. Ela ficou sem reação primeiro e logo em seguida entreabriu os lábios me permitindo aprofundar o beijo. Era ainda melhor do que eu tinha imaginado que poderia ser, era perfeito. Com direito a borboletas no estômago, como diziam que acontecia. Pouco tempo depois cortamos o beijo, mas eu não a deixei se afastar, mantendo minha testa contra a dela e os olhos fechados. Eu estava com medo de abri-los e descobrir que era apenas mais um sonho.

"Tom...", a voz dela era baixa e tremida e fiquei com medo do que ela poderia dizer.

"Eu te amo"

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Capitulo 10



Capitulo 10













CAPITULO 10





'Amor não correspondido. Só isso, ', falei por fim. 'Não é nada a que eu não vá sobreviver', completei duvidoso. Nem eu fui capaz de acreditar nas minhas palavras.

'Já tentou falar com ela? '

'Não é tão fácil chegar e falar: então, eu tô apaixonado por você. Larga seu príncipe encantado e fica com o idiota aqui, que nem sabe ser fiel'. Respondi sentindo as minhas próprias palavras me machucarem. Doía saber que o namorado dela era alguém mil vezes melhor que eu, que ele era alguém que a merecia enquanto eu, não.

'Para de ser tão dramático, Thomas. Que eu me lembre, você não traiu a Kelsey nem uma única vez' ela respondeu e eu parei por um minuto percebendo que era verdade. A única coisa tinha sido o pseudo-beijo com ela, do qual – agora – eu me arrependia de ter recusado.

'Mesmo assim, . Ele é alguém muito melhor do que eu jamais vou ser pra ela' devolvi. Eu não gostava desse estado depressivo que eu estava. Eu era alguém alegre e sempre animado.

'Nunca vai saber se não tentar' ela respondeu.

'Já não basta a Nareesha, agora você também? ' perguntei inconformado.

'Só estou falando que você deveria tentar. E por favor, coloque um sorriso no rosto. Não gosto de te ver assim ): ' ela enviou e eu sorri minimamente com isso.

'Não sei... e vou tentar sim. Não gosto de estar assim também', respondi um pouco mais animado apenas de vê-la se importando.

'Bom mesmo que tente. Vou tomar banho que o Leo vem aqui, nos falamos depois', ela escreveu e minha animação se esvaiu logo. Se eu ao menos tivesse algo em que me segurar, mas o namoro deles estava a mil maravilhas e isso me desagradava cada dia mais. Procurei pelo telefone de Nareesha no meu celular.

'O que você quis dizer aquele dia? ' Escrevi sabendo que ela iria entender. Nareesha era uma das mulheres mais inteligentes que eu já tinha conhecido.

'Orgulho' foi a resposta dela.

'?????'

'Ela é orgulhosa, e ela abriu mão do orgulho dela pela sua amizade, mesmo depois de seis meses sendo ignorada por você', Nareesha explicou e eu a imaginei rindo de mim.

'Ainda não entendi o que você quer dizer' respondi confuso. E daí que ela era orgulhosa? Qual a ligação disso com um possível relacionamento entre a gente?

'Estou dizendo que para alguém orgulhoso como ela, abrir mão do orgulho é algo muito grande. Depois de ela ter jogado o orgulho fora por você, não acho que exista algo do qual ela não desista por você', ela explicou e as coisas começaram a fazer sentido na minha cabeça lentamente.

'Hm... você acredita mesmo nisso? ' perguntei receoso. Eu não queria criar esperanças para me decepcionar.

'Acredito. E acho que você deveria tentar', ela respondeu e eu larguei o celular ao meu lado.

Realmente o que Nareesha dizia fazia sentido, mas eu estava com medo de arriscar tudo e afastá-la de mim.

'Tem o número da ? Nathan quer falar com ela', escrevi para .

"NATHAN", eu gritei do quarto sem me levantar da cama.

"O QUE FOI?", ele gritou de volta e eu revirei os olhos. Ele podia ser um pouco mais inteligente e entender que queria que ele viesse até aqui.

"VEM CÁ", berrei e logo ele estava abrindo a porta do meu quarto.

"Que foi?" perguntou sentando na cama.

"Eu falei pra que você quer o número do celular da " falei e ele me encarou estático.

"Como?" perguntou confuso.

"Eu preciso falar com a , e só ia conseguir o telefone dela se fosse assim", expliquei.

"E porque não contou pra que queria falar com ela?", perguntou e eu revirei os olhos.

"Porque a não pode saber", respondi e ele fez uma cara de compreensão.

"E o que pretende fazer?" ele perguntou curioso.

"É por isso que preciso da ", respondi e ele riu. Meu celular vibrou e eu abri a mensagem.

'O que ele quer com ela? Está aqui o número: +55 11 83952954', sorri ao ver o número.

"Ela quer saber o que você quer com a . O que eu falo?", perguntei olhando para Nathan e ele deu de ombros.

"Você que inventou isso aí, se vire", ele se defendeu.

"Como se você não fosse adorar ter o telefone dela", falei e ele corou levemente.

"Vai se foder."

'Não sei, ele só pediu', escrevi em resposta.

"O que disse?" Ele perguntou.

"Que não sei", falei e ele riu.

"Já que você está com o número...", ele começou e eu ri copiando o número da mensagem e enviando para ele. "Valeu", ele disse saindo do quarto. "E cuidado com o que for aprontar", avisou e eu mandei-lhe o dedo.

'Preciso da sua ajuda, e a não pode saber. Tom', digitei e enviei a mensagem para o número de , o celular vibrou logo em seguida.

'Achei que era o Nathan que queria falar comigo', eu ri.

'Ele também está com seu número, mas eu precisava de uma desculpa para me passar', respondi.

'Eu estou com medo do que você fez. O que de tão grave você aprontou que a não pode saber? ' ela perguntou.

'Você tem que jurar que não vai falar pra ninguém', pedi.

'Fala logo'

'Jura? ' perguntei.

'Juro', respirei fundo.

'Eu gosto dela', minimizei a situação.

'VOCÊ TÁ APAIXONADO PELA ?'

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Capitulo 9



Capitulo 9













CAPITULO 9





"Kelsey", chamei, entrando no seu apartamento.

"Cozinha", ela gritou em resposta e eu respirei fundo. Se ela estivesse de muito bom humor ela talvez não surtasse tanto.

"A gente precisa conversar", falei parando na porta e pela sua expressão eu tinha certeza que ela já sabia.

"Quem é?", ela perguntou apenas me confirmando que ela sabia não só o que eu tinha ido fazer lá como também o motivo pelo qual estava fazendo aquilo.

"Eu...", comecei, mas parei logo em seguida. O que eu pretendia dizer era "Você não quer saber". Tentei mas ela revirou os olhos.

"É ela não é?", perguntou com uma leve irritação na voz e eu engoli em seco.

"Hm... É", respondi baixo e ela revirou os olhos.

"Você é um péssimo mentiroso”, falou e riu logo em seguida. Eu a encarei confuso.

"Porque você não está brava?", perguntei confuso e ela riu.

"Porque eu já sabia. Era meio óbvio", ela respondeu. "Eu já me acostumei com a ideia de que você não era mais meu", continuou.

"Como você sabia?", continuei a perguntar.

"Desde que vocês voltaram a se falar nossas brigas diminuíram até que parassem. Qualquer pessoa teria visto isso como um ponto positivo, mas eu te conheço. Sabia que tinha algo por trás disso. Você começou a se acomodar com o namoro e aceitar tudo fácil demais. Você se entediou com nós dois. E eu precisava saber o que eu tinha feito de errado", falou e tomou uma pausa. "E foi quando eu descobri que eu não tinha feito nada de errado", explicou.

"Desculpa", falei encostando-me à porta e ela se se encostou ao balcão.

"E o que você vai fazer sobre ela?", perguntou interessada e eu dei de ombros.

"Não tenho a mínima ideia", respondi desviando o olhar do chão para ela.

"Você tem duas opções", ela falou e eu a encarei confuso. Duas? "Ou você esquece ela, ou você luta por ela", explicou e eu confirmei.

"Fica meio difícil quando tem um oceano entre a gente, e o namorado dela parece ser um príncipe tirado de contos de fada", retruquei e Kelsey riu baixo.

"Você sabe ser romântico quando quer, e digamos que ter a imprensa no seu pé o tempo todo pode ajudar nisso", ela sugeriu e eu dei de ombros.

"Não sei se vai adiantar", suspirei lembrando o dia do parque. Se eu não tivesse tido tanto medo e reagido menos 'violentamente', poderíamos ter feito as coisas darem certo.

"Você vai saber o que fazer, Tom. Você sempre sabe", ela falou se aproximando de mim.

"Desculpa mesmo", falei a abraçando. "E você merece alguém muito melhor do que eu", murmurei e ela riu.

"Você foi melhor pra mim do que imagina, Tom", ela respondeu.

"Queria poder estar seguro disso", falei meio sem-graça. Eu sabia que tinha sido um péssimo namorado nos últimos 8 meses.

"Tenha", ela respondeu sorrindo. "Amigos?", perguntou e eu sorri fraco.

"Se você quiser", respondi, sem jeito.

"Amigos!", ela afirmou e eu a abracei uma última vez antes de sair dali, ainda com as palavras dela ecoando em minha cabeça.





"E aí?" foi a primeira coisa que ouvi assim que pisei em casa. Olhei para frente e Max, Nathan, Jay, Siva e Nareesha estavam sentados no sofá me observando ansiosos e levemente apreensivos.

"Terminei com ela", falei com calma fechando a porta.

"E ela?" Nareesha perguntou e eu sorri.

"Ela aceitou", falei dando de ombros.

"Sem birra? Sem nada? De boa?" Nathan perguntou perplexo.

"Sem problema algum. Terminamos de boa", respondi me sentando no sofá.

"Você tem certeza?" Jay perguntou e eu ri.

"Uhum", falei e eu não sabia definir a expressão dos cinco. "E ela sabe" completei antes que Max perguntasse.

"Ela sabe?" Max perguntou surpreso.

"Talvez você estivesse certo e eu apenas não queria admitir pra mim mesmo", falei começando a admitir pra eles o que eu havia enfim aceitado enquanto voltava para casa; eu estava apaixonado por desde o Brasil, apenas era teimoso e orgulhoso demais para aceitar isso.

"E o que você vai fazer agora?" Siva perguntou e eu parei por um minuto. Eu ainda não havia decidido o que fazer.

"Não sei", admiti sentindo a animação se esvair de mim, encostei-me no sofá ainda sob o olhar cuidadoso dos meus amigos.

"Você já contou...." Jay começou mas eu balancei a cabeça em sinal negativo já sabendo o resto da pergunta.

"Ela vai ficar sabendo de qualquer modo", Siva falou.

"Acho que ela gostaria de saber por você", Max jogou e os meninos concordaram.

"Você vai contar pra ela?" Nareesha perguntou e eu a olhei confuso. Não era exatamente isso que eles estavam me aconselhando?

"Ela vai ficar sabendo cedo ou tarde, não?" respondi com outra pergunta, pegando o celular.

"Não estou falando disso, Thomas", ela falou e eu a olhei mais confuso ainda. "Você vai contar pra ela que quer mais do que amizade?" perguntou num tom como se eu fosse criança e os meninos riram.

"Não", respondi digitando a mensagem para e a enviando.

"E qual o seu plano?" perguntou irônica e eu dei de ombros.

"Não tem um." Respondi, "pelo menos não ainda", completei mais desanimado.

"O que quer dizer com isso?" ela perguntou e eu a olhei incrédulo.

"Você acha mesmo que daria certo?" perguntei sarcástico.

"Você acha mesmo que ela não faria tudo para te ter?" ela respondeu no mesmo tom e eu balancei a cabeça em negação.

"Uma coisa é você abrir mão de um emprego, uma casa, outra é abrir mão de toda a sua vida", falei e ela balançou a cabeça.

"Você tem certeza de que a conhece?" perguntou abismada.

"Tenho", respondi levemente ofendido.

"Então saberia que ela largaria tudo pra ficar contigo", ela respondeu e eu ri sem humor.

"Ela tem um namorado agora, está terminando a faculdade, tem todas as amigas e família lá. Ela não largaria tudo isso agora. Não agora, pelo menos", falei e Nareesha apenas deu de ombros não aceitando o que eu havia dito.

"Eu tenho que ir amor, nos vemos amanhã", ela falou dando um selinho em Siva e se levantando. "E só pra sua curiosidade, ela já abriu mão de algo muito amor que a família e os amigos por você", completou antes de sair de casa. Eu fiquei encarando o nada, perplexo e confuso.

"Que porra...?" eu enfim falei e os meninos me encararam.

"Eu concordo com ela", Jay falou e eu olhei pra Nathan que deu de ombros.

"Eu também concordo", Max falou e Siva concordou por fim.

"Você tem que pensar no que tu vai fazer, cara", Nathan falou e eu concordei. "Só não faça algo de que você vá se arrepender depois", ele falou deixando bem claro que concordava com os outros.

"Eu vou deitar" falei levantando e indo em direção ai quarto.





Eu estava deitado na cama, ouvindo música no celular, quando fui rudemente interrompido pelo toque de mensagem.

'Você costumava vir atrás de mim quando estava triste'. Era e eu suspirei frustrado. Como ela esperava que eu fosse pedir ajuda pra ela se ela era o meu problema?

'Desculpa não falar nada, mas eu não posso' respondi.

'Eu só queria saber das coisas por você ao invés de por sites na internet' foi a resposta dela.

'Como assim? ' escrevi confuso.

'Várias notícias sobre o quanto você está triste por ter terminado com a Kelsey... Achei que você quisesse terminar' ela explicou.

'Não é nada', escrevi de volta levemente irritado. Esse era o lado ruim da fama, mídia.

'Não é nada, Tom? Para de ser assim. Eu estou preocupada! '

'Não é nada demais, já vai passar', menti, mas algo me dizia que ela não iria engolir. E a confirmação veio logo em seguida.

'Tudo que tira o sorriso do seu rosto é algo grande. ' Foi a resposta dela e algo dentro de mim se revirou. Ela pelo menos se preocupava um pouco.

'Amor não correspondido. Só isso, '

domingo, 8 de janeiro de 2012

Capitulo 8



Capitulo 8













Capitulo 8







"Eu acho... eu acho que preciso de ajuda", falei entrando no quarto de Max. Ele me olhou confuso, mas logo sua expressão mudou para preocupação.

"Se eu disser 'eu te avisei', vou ser muito filho da puta?", ele perguntou e eu o olhei assustado.

"Está tão óbvio assim?", perguntei sem jeito sentando na cama dele e coçando a nuca, totalmente desconfortável.

"Eu que te conheço bem demais", ele respondeu.

"Pelo menos isso", respondi fraco escondendo o rosto nas mãos. "O que eu vou fazer agora?", perguntei frustrado e Max riu de leve.

"O que te fez perceber isso?", ele perguntou curioso e eu tirei o celular do bolso onde a última mensagem ainda estava aberta.

'O Leo esta me levando pra jantar, e ele disse que tem uma surpresa pra mim. Tom, eu vou ter um ataque se ele fizer o que eu acho que ele vai fazer’, Max leu a mensagem em voz alta e eu virei o rosto. Meu peito voltando a arder em ciúmes. "Primeiro, quem é Leo? E segundo o que ela acha que ele vai fazer?", Max perguntou.

"Leo é o namorado dela. E não tenho a mínima ideia do que ela acha que ele vai fazer, mas seja o que for, sei que não vai me agradar nem um pouco", respondi seco. Qualquer coisa que fosse seria romântica e fofa – como ela mesma tinha descrito – e eu gostava cada vez menos dessa situação.

"Não acho que você tenha muita escolha sobre o que fazer", ele comentou e eu o olhei. "Seguir em frente me parece a opção mais plausível", ele falou e eu apertei os olhos.

"Porque eu tenho que ser tão idiota?", perguntei me jogando de costas na cama.

"Você não é idiota...", ele falou e eu o encarei incrédulo. "Certo, talvez um pouco, mas você não escolheu se apaixonar. Aconteceu", ele completou e eu suspirei.

"Porque isso agora? Porque eu não podia ter gostado dela quando estávamos lá? Pelo menos eu podia ter aproveitado um pouco", resmunguei e Max riu.

"Você esta apaixonado por ela desde que se conheceram na porta do hotel, Tom. Só você que se recusava a enxergar isso", ele falou e eu novamente o encarei incrédulo.

"Nada a ver", respondi sem muita certeza.

"Daqui a pouco você vai perceber que é verdade", ele falou ao mesmo tempo em que meu celular vibrou e eu o olhei receoso.

"Não tenho certeza se quero saber o que está escrito nessa mensagem", resmunguei deixando o celular na cama.

"Ignorá-la já te mostrou que não funciona", ele me alertou e eu bufei irritado.

'ELE ME DEU ALIANÇA, TOM *-*', era o conteúdo da mensagem e eu senti meu peito apertar.

'Porque eu sinto como se estivesse te perdendo?' escrevi e enviei antes que eu me arrependesse e voltei a olhar pra Max.

"Eu tô fodido, cara", resmunguei levantando da cama.

"Com certeza. Mas você ainda tem que dar um jeito na Kelsey", ele alertou antes que eu deixasse o quarto.

Ótimo, como se ter me apaixonado por uma fã que mora do outro lado do oceano e tem namorado não fosse o suficiente eu ainda tinha que lidar com a minha namorada que ia surtar quando eu tentasse terminar o namoro e ainda mais se descobrisse o motivo. E de algum modo eu tinha certeza de que ela ia.

.

.

"Você nunca me contou direito essa história com essas três garotas do Brasil, Tom", Kelsey falou e eu rapidamente procurei pelo olhar de Max pedindo por ajuda, mas ele estava ocupado demais com Michelle para perceber.

"Ah, são três fãs que conhecemos e nos levaram pra conhecer a cidade", respondi o mais vagamente que podia e ainda assim deixá-la satisfeita.

"Isso você já falou", ela disse e eu quis me bater. "Eu quero dizer, como aconteceu. E porque elas têm seu telefone?", ela explicou o que queria.

"Porque seu amado Tom perdeu uma aposta", Jay sacaneou e eu lhe dei o dedo.

"Aposta?", Kelsey perguntou e Jay, Siva e Nathan começaram a rir chamando atenção de Max.

"É, uma aposta", respondi contrariado. "Apostei com uma delas quem ia ficar bêbado primeiro e perdi", respondi fechando a cara. Lembrar disso não era divertido. Sou competitivo pra caramba, principalmente quando se trata de apostas que envolvem álcool.

"Wow", Kelsey falou assustada. "Você perdeu uma aposta de bebida? Para uma garota? Mais nova que você?", ela perguntou e eu terminei de fechar a cara. "Porque você não filmou isso, Max?", ela perguntou se virando para Max que tentava controlar a risada.

"Estava ocupado demais cuidando do seu namorado que decidiu que já que estava um pouco bêbado, beber mais não fazia muita diferença", ele respondeu e quase o pude ver completando mentalmente um 'e pra que ele não falasse contigo'.

"Ela roubou", eu me defendi e eles riram mais ainda.

"Você que foi idiota demais e não percebeu o plano dela", Nathan a defendeu e eu revirei os olhos.

"Tá, eu deveria ter percebido que ela tinha algum plano quando concordou que pagaria a conta sozinha caso perdesse, mas mesmo assim", continuei e eles continuaram me zoando, dessa vez com Kelsey junto.

"Pelo menos eu não peguei uma garota de 17 anos", alfinetei Jay e ele deu de ombros, e eu pude ver a maldade passar por seus olhos por um minuto, mas acho que a presença de Kelsey ali o impediu de comentar o que ele queria.

"Antes pegar uma garota de 17 anos que perder uma aposta de bebida pra ", ele respondeu e eu revirei os olhos.

"Como se você fosse capaz de ganhar dela", devolvi e ele riu.

"Pelo menos eu ia perder porque ela é mais forte que eu, não porque é mais inteligente", brincou e eu cruzei os braços, mal-humorado.

"Então foi a tal da que ganhou de você?", Kelsey perguntou interrompendo a discussão infantil de nós dois.

"Foi", respondi. " E foi assim que ela conseguiu meu celular", falei. ‘E meu coração’, completei mentalmente e me odiei por isso. Seguir em frente, Tom, seguir em frente.

"E porque ela é diferente das outras fãs?", Kelsey perguntou e eu senti o olhar dos meus quatro colegas de banda de mim, engoli em seco.

"Não sei, acho que porque ela é parecida comigo", falei a primeira bobagem que me veio à cabeça dando de ombros e tentando parecer convincente.

"Essa foi a sua pior desculpa até hoje, Thomas", Kelsey resmungou entediada e eu a olhei.

"E o que você espera que eu diga?", perguntei confuso.

"Que tal a verdade?", ela me respondeu com outra pergunta e eu me segurei para não revirar os olhos, entediado.

"Não tem uma verdade, Kels. Eu não sei o porquê. Ela só parece me entender bem, assim como eu entendo ela", falei. "Pelo menos na maioria das vezes", completei num sussurro para mim mesmo.

"Eu ainda acho que tem coisa aí", ela falou não convencida e eu suspirei.

"Você está procurando coisas que não existem", menti e ela me encarou por um momento para então se dar por vencida. Meu celular vibrou e eu sabia que era mensagem de , mas não sabia se queria abri-la. Provavelmente era algo sobre o quanto o Leonardo era perfeito.

"Não vai abrir?", Kelsey perguntou me tirando dos meus devaneios do que esse garoto podia ter feito de perfeito agora. Peguei o celular em cima da mesa e abri a mensagem.

'Fizemos 6 meses hoje e ele me chamou pra morar com ele... ', era a mensagem e eu reprimi a reação e passei o celular para Kelsey.

"Acredita em mim agora?", perguntei sarcástico e ela enfim se deu por vencida. Pude sentir o olhar reprovador de Max em mim, e eu sabia que estava errado em ainda não ter terminado com Kelsey, mas eu não sabia como fazê-lo.

.

.

"Você esta enrolando faz mais de um mês já", Max falou invadindo meu quarto e eu me virei na cama largando o iPod.

"Eu sei", respondi.

"Você está a fazendo acreditar que gosta dela, ainda. Isso é um absurdo, Thomas", sua voz era claramente reprovatória.

"Eu não sei como terminar com ela", respondi. "E quem sabe eu posso voltar a gostar dela", falei tentando convencer mais a mim mesmo do que a Max.

"Agora você esta se iludindo", ele falou revirando os olhos.

"Se com a Kelsey eu não consigo esquecer , como espera que o faça estando solteiro?", perguntei somente para fazê-lo sorrir ironicamente.

"Como se você não fosse sair pra beber e ficar com qualquer garota que exista na cidade no momento em que terminar com Kelsey", ele respondeu.

"Não faz muita diferença, estarei usando-as do mesmo jeito, não é?", perguntei confuso da teoria dele.

"Pelo menos não as estará fazendo acreditar que gosta delas", respondeu deixando o quarto.

'Preciso da sua ajuda', escrevi e mandei a mensagem para . A verdade era que eu não estava me esforçando em nada para superar , e também não fazia nada para descobrir se ela ainda gostava de mim.

'O que você fez agora? ', ela perguntou e eu sorri imaginando a cara de tédio que ela fez enquanto respondia a mensagem.

'Não é o que eu fiz, é o que vou fazer... Eu vou terminar com a Kels', respondi e dessa vez imaginei sua cara de espanto.

'Por quê? ', foi o que ela me respondeu.

'Porque não gosto mais dela. Como eu faço isso? ', digitei. Eu não queria parecer desprezível.

'Não sei, nunca terminei com ninguém', ela respondeu.

'Droga :S'

'Sei lá, seja sincero', sugeriu.

'Não posso', escrevi.

'O que você aprontou, Parker? ', ela perguntou e eu engoli em seco.

'Eu não fiz nada', me defendi. 'Eu só... tô gostando de outra pessoa' completei a mensagem e enviei.

'Fala isso pra ela, ué', tornou a falar.

'Eu não posso', repeti.

'E porque não? ', perguntou e imaginei sua cara confusa.

'Porque ninguém, além do Max, sabe quem é. E ninguém pode ficar sabendo', respondi.

'Quem é? '

'Eu disse ninguém, '

'U_U foi só uma pergunta'

'Desculpa'

'Tudo bem'

'Não fica brava comigo'

'Não estou'

'Está sim'

'Eu só queria saber'

'Quem sabe um dia.. .'

'Por favor? '

'Desculpa... '

'Argh, desisto'

'Hahahahaha, você vai descobrir eventualmente. É uma menina inteligente'

'Obrigado pelo elogio, mas não tenho tanta certeza. '

'Eu tenho. Preciso dormir'

'Okay. Beijos, boa noite'

'Boa noite, estou com saudades. Xxx'

'Eu também'

sábado, 7 de janeiro de 2012

Capitulo 7



Capitulo 7













CAPITULO 7







"Qual filme vamos ver, amor?", a voz de Kelsey soou me distraindo de meus pensamentos e levemente da rua a minha frente.

"Não sei", respondi dando de ombros, "achei que você já tivesse algum em mente", respondi olhando para ela.

"Você nunca gosta dos filmes que eu sugiro", ela falou e eu me culpei por um momento.

"Hey, olha aqui", falei enquanto parava no semáforo e me virava para ela. "Hoje nós vamos fazer as coisas do jeito que você quiser. Mesmo que isso signifique aqueles filmes melosos", falei e ela riu levemente e se aproximou me dando um selinho. Fui para aprofundar o beijo e ela se afastou.

"Está verde", se justificou e eu fiz uma careta de desaprovação. "Alguém está frustrado", ela comentou divertida e eu fiz outra careta.

"Com certeza", respondi. "Uma semana que a gente não se vê, e quando nos vemos você não me deixa beijá-la. Eu sinto sua falta", murmurei contrariado.

"Um pouco de saudades faz bem para o relacionamento", ela falou dando de ombros e olhando pra fora do carro.

"Espero que sim", resmunguei para mim mesmo, mas talvez ela tenha ouvido.





"Sabe, a gente poderia fazer uma viagem assim também", Kelsey falou chamando minha atenção, que eu fingia estar no menu mas na realidade estava muito longe dali. Eu apenas não queria admitir isso para mim mesmo.

"É. É, talvez", respondi sem prestar muita atenção. Não tinha a mínima ideia de que viagem ela estava se referindo, mas ela não precisava saber isso.

"Foi muito fofo o que ele fez", ela comentou e eu enfim desviei o olhar do menu para ela e minha expressão deveria entregar claramente que eu não tinha ideia alguma do que ela estava falando. "O filme, Thomas", ela explicou rolando os olhos e eu fingi entender.

Na realidade eu não tinha prestado nada de atenção no filme, estive ocupado demais tentando controlar a vontade de pegar o telefone do bolso e fazer explicar direito essa historia de namoro.

"Sim, sim", falei e Kelsey me olhou inconformada.

"Você não está prestando a mínima atenção no que eu estou falando, está?", ela perguntou irritada e eu senti a culpa me invadir.

"Desculpa", murmurei, mas ela revirou os olhos.

"Sabia que não ia ser uma boa ideia tudo isso. Você sempre tem que estragar esses momentos", ela falou e eu me culpei mais ainda. Dessa vez a culpa era totalmente minha, e de forma indireta de .

"Desculpa, eu me distrai", justifiquei. "Você sabe que não gosto desses filmes, não os entendo, daí eu acabei começando a pensar em outras coisas", falei segurando a mão dela tentando consertar as coisas.

"Você está cada dia mais distante, não presta atenção no que eu falo e não me liga mais", ela acusou e eu tentei esconder a careta, mas fui mal sucedido. "Disse que sentiu minha falta essa semana, mas nem ao menos uma mensagem você mandou", tornou a acusar e eu suspirei frustrado.

Eu estava totalmente fodido, não tinha ideia do que fazer e se eu cogitasse pedir ajuda para qualquer pessoa eu ia piorar ainda mais as coisas.

"Eu... eu", comecei, sem saber como me justificar, mas eu sabia muito bem que não tinha nenhuma desculpa pronta. "Eu não sei o que está acontecendo comigo", falei sinceramente. "Estou me distraindo fácil demais de tudo ao meu redor", expliquei suspirando no fim, ela apertou minha mão e eu a olhei. Talvez a culpa estivesse estampada nos meus olhos, porque diferentemente das outras vezes, ela não fez escândalo ou começou a discutir.

"Tudo bem, Tom", ela falou fraco. "É pressão demais por causa da banda", ela falou, mas sua voz soou fraca como se ela estivesse falando aquilo para ela mesma, como se ela quisesse acreditar em suas próprias palavras, e não conseguisse.

"Desculpa", pedi mais uma vez, eu estava começando a soar repetitivo, já. "Era para ser uma noite especial, e divertida", falei frustrado. "Não queria que terminasse assim", eu não estava gostando do modo como as coisas tinham acontecido. Eu tinha passado o dia todo determinado a fazer as coisas darem certo e saírem perfeitas, e tinha acabo estragando tudo por uma bobagem minha.

"A gente ainda pode fazer dessa noite especial", ela falou e sorriu maliciosamente, ri fraco disso.

"Eu te amo, sabia?", falei e me aproximei dela, enfim beijando-a.





Acordei com beijos pelo meu peito e sorri bobamente com isso, ela era perfeita demais. Depois de tudo que eu tinha feito ela não só tinha me aceitado como ainda era a pessoa mais fofa do mundo.

"Bom dia, meu anjo", a voz de Kelsey soou ao meu lado. Espera... Kelsey? Abri os olhos rapidamente e me deparei com Kelsey me observando com um sorriso nos lábios. ‘Merda’ foi a única palavra que me veio a cabeça e eu engoli em seco.

"Bom dia", respondi rouco, parte por ter acabado de acordar, e parte pela decepção. Não sei se por ter sido apenas um sonho da minha parte, ou por ter chegado a sonhar com isso.

"Eu fiz café pra você", ela falou apontando para uma bandeja ao seu lado e sorriu enormemente. Forcei um sorriso que pareceu satisfazê-la.

"Obrigado", falei levantando o tronco para ficar na altura dela e deixando um leve selinho em seus lábios. Logo deixei meu corpo cair na cama de volta. "Estou cansado”, resmunguei pressionando a mão contra os olhos.

"Devo tomar isso como um elogio?", ela brincou e eu ri fraco.

"Deve", menti. Na realidade meu cansaço não era físico, e sim mental e muito provavelmente emocional.

"Vou tomar banho", falou levantando da cama e indo em direção ao banheiro, "e tem umas 3 mensagens novas no seu celular", ela falou e eu congelei na cama. "Da " falou sarcástica e ai sim que paralisei na cama. Claro que as coisas não podiam ser fáceis para mim. Peguei o celular na mesa de cabeceira e abri a primeira mensagem.

'Deu tudo certo com a Kels?', era a primeira mensagem, e eu respirei, aliviado. Ainda tinham mais duas.

'Pelo visto sim, haha. De qualquer modo, já enviei as fotos. E a e a estão me irritando já de tanto pedir pra eu não esquecer de falar que é pra mostrar pro Jay e pro Nathan', era a segunda e eu não sabia o que poderia ter se passado pela mente da Kelsey quando leu a mensagem. Abri a terceira.

'Estava tocando Glad You Came na televisão agora a pouco. Saudades ):', era a ultima das mensagens.

'As coisas desandaram no começo, mas tudo terminou bem. Vou mostrar pros meninos, relaxa. E é bom saber que nossa música estava tocando ai. Também estou com saudades', escrevi e larguei o telefone na cama ao meu lado. Respirei fundo passando a mão pelo rosto. O que porra estava acontecendo comigo?






'Finalmente parece que as coisas se acertaram com a Kels', enviei para assim que Kelsey saiu de casa.

'Isso é bom' ela respondeu e eu sorri fraco. Queria poder responder a verdade, mas nem eu estava seguro do que exatamente era a verdade.

'Sim... Mas e o seu namoro, como vai? ', perguntei desviando do assunto e entrando em um que eu tinha interesse.

'Normal', ela respondeu vagamente como sempre o fazia quando esse era o assunto.

'Sabe, você sempre me responde tão vagamente que estou começando a me perguntar se esse tal de Leo existe mesmo', escrevi querendo provocá-la e fazê-la falar.

'Não respondo vagamente, só não tenho o que comentar. Meu namoro não é um campo de batalha como o seu’, foi o que ela respondeu em sua defesa.

'Obrigado pela parte que me toca. Eu só queria saber mais sobre sua vida, já que você tem acesso a minha quase que toda', respondi e eu a imaginei rindo.

'Quem mandou ser famoso? Ah, Tom, não tem nada demais. Às vezes saímos sozinhos pra ir ao cinema, outras vezes com o pessoal pra alguma pizzaria, ou vamos pra alguma festa. Coisas normais de casais', ela escreveu e eu sorri um pouco mais satisfeito com a resposta.

'Tem o lado bom de ter minha vida exposta pra todo mundo, não tenho que ficar atualizando meus amigos, a mídia o faz por mim, hahaha', ironizei. 'E como ele é com você? ', completei. Eu estava mais do que curioso sobre o namorado dela, e isso nunca poderia ser um bom sinal.

'Aaaah, não sei. Ele é romântico, e atencioso. Mas é um pouco ciumento também. Ah, não sei, Tom', ela escreveu e eu fiz uma careta de aprovação.

'Deixe-me adivinhar, daquele tipo bem meloso, não? ', meu sarcasmo fora tão grande que era capaz de se sentir por um texto.

'Melhor do que se ele mal se importasse comigo', ela respondeu e eu pude pegar a indireta pela mensagem dela.

'Você está feliz? ' perguntei com medo da resposta. Eu não queria admitir aquilo, mas eu estava com ciúmes. E muito.

'Sim', ela respondeu e eu engoli em seco.





"Eu acho... eu acho que preciso de ajuda"

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Capitulo 6



capitulo 6













CAPITULO 6







"Muita ressaca?", Max brincou assim que sai do quarto e eu levantei o olhar do celular para ele.

"Um pouco, mas já tomei o remédio", sorri agradecendo. "Aliás, como eu cheguei em casa?", perguntei sentindo o celular vibrar outra vez.

"É ela?", ele perguntou e eu neguei. "Jay foi te buscar no bar", falou dando de ombros. "Está tudo bem?", perguntou meio preocupado e eu sorri levemente.

"Mais ou menos", respondi sinceramente. Não era legal essas brigas com a Kelsey, nem ficar bebendo sem controle por causa dela, mas era bom ter como apoio de novo. Foram só 3 dias no Brasil, mas foram 3 importantes dias.

"Quer conversar com a cabeça mais fria agora?", ele perguntou e eu olhei rapidamente pro meu celular.

"Não, tudo bem", falei indo em direção à cozinha. "Mas obrigado de qualquer modo", falei e ele concordou.

'Acho que você tem que conversar com a Kelsey', li a mensagem de e não pude evitar revirar os olhos, porque as pessoas continuavam dizendo isso?

'Porque todo mundo diz isso? Ela não me deixa conversar! E eu achei que você estivesse contra ela, e não apoiando ela', escrevi rápido pegando um copo de água e me encostando no balcão.

'Porque é o que você tem que fazer, force-a a te ouvir. Eu não gosto do que ela está fazendo, mas eu quero você feliz de novo, e bom... Se ela é o preço pra sua felicidade, o que eu posso fazer a não ser te apoiar? ', li o que estava escrito e sorri. Essa era uma das coisas que eu mais gostava nela, sempre priorizando a felicidade dos outros.

'Vou tentar, mas não garanto nada', escrevi e enviei. Eu não estava nada animado pra falar com Kelsey e eu sabia que seria inútil. Íamos nos resolver, e em uma semana iríamos quase nos matar de novo.

'Vai valer a pena, Tom. Mas tem que tentar de verdade, não é tentar uma vez e deixar pra lá', foi o que ela escreveu e eu ri. O pior de tudo era que ela me conhecia o suficiente pra saber o que tinha se passado na minha cabeça.

'Vou tentar, prometo! ', escrevi e enviei.

'Bom mesmo', era o começo da mensagem, 'eu sei que essa é a ultima coisa que você quer e precisa ouvir/ler agora, mas preciso fazer isso por mim... Eu queria pedir desculpa por aquele dia. Eu não deveria ter feito aquilo, foi impulso. Desculpa mesmo ): ', eu sorri de lado.

'Está tudo bem. Eu que reagi muito mal', escrevi, 'realmente senti sua falta.' Completei a mensagem antes de enviá-la.

'Eu também. Seis meses, já ): Mas pelo menos tenho as nossas fotos pra compensar, haha', foi a resposta e eu sorri abertamente dessa vez.

'Eu queria ver essas fotos', escrevi, 'me manda? '

'Claro.'





"Hey Kels", falei assim que a vi passar pela porta da casa e levantei do sofá, indo em sua direção.

"Oi", ela respondeu sem me dar muita atenção, e isso não era bom sinal. Mas eu ignorei querendo evitar outra briga.

"Senti sua falta essa semana", falei depositando um selinho em seus lábios e ela sorriu levemente.

"Ainda bem", respondeu desviando de mim e sentando no sofá. "Eu quero ver filme, vamos?", ela perguntou se virando para mim novamente com um brilho no olhar.

"Claro!", respondi animado me sentando do lado dela.

"Às oito?", ela perguntou enquanto eu me aproximava para beijá-la.

"Na hora que você quiser, amor", sussurrei próximo dela.

"Ótimo, você passa pra me pegar?", ela perguntou se afastando e eu me segurei muito pra não revirar os olhos e reclamar.

"Sempre", respondi de novo e ela sorriu.

"Te amo! Te vejo mais tarde, tenho que comprar umas coisas", falou se levantando e caminhando até a porta. Fiquei parado por alguns segundos tentando assimilar o que fora isso, mas logo me recompus e caminhei até ela abrindo a porta.

"A gente se vê", respondi ainda meio perdido. Ela me deu um selinho rápido e saiu andando. Fechei a porta e encarei Max que também estava na sala. "Me explica!", pedi confuso, ele só levantou os braços em defesa, como se dissesse que também não entendia.





'Ela está querendo te deixar com gostinho de quero mais. Provocação', foi o que eu li na mensagem de resposta de ao que contei o que tinha acabado de acontecer.

'Sério? ' perguntei incrédulo.

'Bom, pelo menos eu faço isso com o Leo. E creio que nisso mulher, em qualquer lugar do mundo, é igual' ela respondeu e eu arqueei a sobrancelha.

'Leo? ', escrevi, 'Para que ela está me provocando? '

'Porque ela quer sua atenção, simples! Leo, Leonardo... Meu namorado' ela respondeu e fiz uma careta ao final da frase.

'Você também vai me acusar de negligenciar meu namoro agora? E não sabia que estava namorando', escrevi. Por algum motivo essa notícia não tinha me animado em nada.

'Não estou te acusando de nada, só explicando o que provavelmente se passa pela cabeça dela. E, bom, você não falou comigo nos últimos seis meses, é normal que não saiba de muita coisa da minha vida. Sabe como é, minha vida pessoal não é exposta na internet como a sua', ela se defendeu.

'Outch, essa doeu. E eu já pedi desculpas por ter sido um idiota, não precisa jogar isso na minha cara', respondi.

'E eu já te desculpei. Não estou jogando na sua cara, estou me justificando, ué', ela escreveu.

'Estamos falando demais de mim. Conte-me sobre seu namorado! ' escrevi e eu quase podia vê-la rindo assim que lesse a mensagem.

'Nos conhecemos numa festa e começamos a sair. Ponto. Acabou a grande história. Mas voltando para você e a Kelsey... Seja fofo e romântico no cinema, depois a leve pra jantar e, por favor, qualquer coisa que vá fazer, não faça em um motel, okay? ', foi a resposta dela e eu ri com o final, mas resmunguei contrariado à evasão dela.

'Não fuja do assunto, mocinha. Me explique direito essa historia. Não é qualquer um que eu vou deixar, não! ', respondi ignorando qualquer menção a mim e a Kelsey. Admito que eu estava fugindo do assunto tanto quanto ela, mas eram situações diferentes.

'Nem meu pai fez tanto drama --' Não tem o que contar, a gente se conheceu numa festa, conversamos, descobrimos coisas em comum e mantivemos contato. Saímos algumas vezes e estamos juntos. Não é uma historia emocionante, é bem normal na realidade', ela escreveu e eu revirei os olhos.

'Vou fazer de conta que isso foi o suficiente porque se não vou me atrasar pra encontrar a Kelsey, mas tenha certeza que essa conversa não acabou aqui', respondi e levantei indo ao banheiro ligar a ducha, enquanto esperava esquentar, voltei ao quarto para buscar a roupa. O celular voltou a vibrar e eu o peguei.

'Ciumes?! ', era o que estava escrito ali e eu revirei os olhos novamente.

'Só cuidando. Tchau', escrevi.

'Hahahahahaha, pode deixar que tenho um pai e um irmão mais velho pra quebrar qualquer homem que me magoe. Vai lá, bom encontro. Xxx', era o que estava escrito. Larguei o celular na cama e voltei ao banheiro.